Comprei: Mesa Boogie Mark V head !

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nichendrix
Veterano
# fev/12 · Editado por: nichendrix
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Foda, já tinha escrito umas 2 paginas quando fechei sem querer... mas vamos começar de novo.

Vinícius Iron
Bah, não imaginei que tu fosse fã da série Rectifier.

A série Rectifier, até um tempo atrás era a única que me interessava da Mesa, nunca fui muito fã dos Mark, somente do Mark III, já testei o IIc, III e IV, só gostei realmente do III, um tinha coisa de menos e outro coisa demais pro meu gosto.

Com os anos outras séries de Mesa legais apareceram como a Nomad e a Lone Star.

omo é esse Blue Angel? Já ouvi falar bem pra caramba dele, mas não sei o que diferencia ele dos Roadster e RK da vida.

O Blue Angel foi o primeiro amp da série Rectifier com apenas um retificador, então pode-se dizer que foi o precursor do single rectifier, mas na prática de rectifier só tinha mesmo o nome.

Ele era em essência uma mistura de Vox AC-30 e Fender Tweed Deluxe. Vinha com 2 6V6 e 4EL84, e podia ter 15W (2 6V6), 33W (4 EL84) ou 38W (2 6V6 + 4 EL84). Foi o primeiro amp da marca que tu tinha a opção de mudar livremente quais as valvulas que tu ia usar, algo que o Mark III começou a introduzir, mas não passa nem perto do que é possível nos Blue Angel.

Em termos de som ele é voltado pra sons de baixo e alto ganho bem vintage. Dá pra ir de jazz dos anos 50, passando por sons vintage de Fender e Vox como SRV, Freddie King, Beatles, Stones, Yardbirds e afins, até chegar em Cream, Hendrix, John Mayall, e até algumas coisas a la Led Zeppelin.

Ele podia ser head, combo 1x12 ou 4x10 e pra mim é de longe o amp mais versátil que a Mesa/Boogie já construiu, nenhum outro tinha tantas opções de sons e controlado como nos velhos tempos, só nos botões de volume e ganho, nada de mudança de canal, já que ele era single channel.

Me parece que todos os amps da série Rectifier tem mínimas diferenças sonoras, enquanto nos Mark tu sente uma variação de modelo para modelo.

Isso é uma meia verdade. A Série Mark não é uma série no mesmo sentido da Rectifier, sempre existe apenas um Mark por vez, então aquele é o som dos Marks, e cada Mark é o anterior com algumas coisas adicionadas. Na boa o Mark V dá fácil sons que vão do Mark I ao Mark IV e alguns sons que só existem nele.

A série Recto até uns 5-10 anos atrás era bem diversificada, essa unidade é algo recente. Existiam desde modelos bem vintage como o Blue Angel, passando por modelos ultra-versáteis com voicing Fender/Vox como os Trem-O-Verb, modelos versáteis mas não tanto com voicing Marshall/Fender como os Heartbreaker, até chegar ao metal real fuderoso extreme from hell dos Dual and Triple Rectos Solo Head.

MMI
Cheguei a ver o amp de volta numa loja de usados. Foi um amp bacana, era um Mark I de 2 canais. Mas hoje trocaria fácil por um Mark V do edalko.
O Blue Angel era um da família Rectifier, mas com válvulas EL-84 e 6V6, sendo um Rectifier class A de baixa potência (15, 33 ou 38W). Meio o que eu faço no meu rack.
O Tremoverb era um single Rectifier, 100W, com tremolo.


Já falei bem dos Blue Angel, mas discordo muito da tua descrição do Trem-O-Verb e do Heartbreaker.

Deixe eu me explicar-me...

O Trem-O-Verb é Dual Recto de fato e precede o Single Recto, que só foi introduzido na linha da Mesa/Boogie uns 2 anos depois do Trem-O-Verb. Hoje em dia há essa confusão com os Single Recto por conta do Rect-o-Verb, que é realmente uma variação dos Single Rectos, muita gente tende a pensar que o Trem-O-Verb e o Recto-O-Verb são o mesmo amp, mas não são, nunca foram e nem nunca vão ser.

Em essência o Trem-O-Verb é um Dual Rectifier Solo Head modificado que incorporava algumas características que viriam a ser incorporada nos Triple Recto, como o fato de ele ter tanto retificadores valvulados e solid state que podia ser selecionado (valvulado, solid state ou os dois, assim ele podia usar um ou dois retificadores, algo que nem é opção nos Single Rectos). Outra característica que só apareceria nos Triple Recto é o fato de que eles não usavam modos fixos e sim voicing switchers que eram modos que podiam ser selecionados via footswitch, algo que não estava presente nos Dual Recto Originais até o Revision G/H (a mesma geração que deu origem aos Triple Recto, já os Single Recto foram introduzidos no Revision F). Ele também já vinha com variac interno pra mudar a potência do amp, pra 50W ou 100W, algo que só seria incorporado aos Dual Recto no Revision G.

Ele tem 2 canais porque na época o Dual Recto (Revision C) só tinha 2 canais, o Orange e o Red (o Orange tinha o modo Clean e Rocker e o Red tinha os modos Vintage e Modern). No caso ele tem o Canal 1 com os modos Clean e Vintage High Gain e o canal 2 com os modos Blues e Modern High Gain. De certa forma os Trem-O-Verb foi um preview dos 3 canais que seriam incorporados nos Dual Recto Revision G/H. Ele o Modo Vintage High Gain dele é o mesmo do canal 2 dos Dual Recto Revision H, o modo Blues é próximo do modo Raw do Canal 2 (que é a basicamente o mesmo modo Rocker dos Solo Head Originais) e Modern High Gain é a mesma do Canal 2.

A grande diferença dos Trem-O-Verb pro Solo Head é a basicamente o voicing geral do amp, que pode ser explicado melhor pelo modo Clean dele. Basicamente o Modo Clean, era feito pra capturar a sonoridade dos Fender Blackface, por isso tinham um circuito de Reverb valvulado e Tremolo Optico semelhante ao dos Twin Reverb (ou dos Vox AC-50 e AC-100 se você usar EL34).O Clean deles é bem cristalino, e rico como os Fender/Vox. Isso reflete um pouco nos modos distorcidos, mas não tanto quanto é de se esperar, esses são bem fieis ao Solo Head Revision C original, embora na minha opinião eles tenham mais nitidez ao tocar e o modo Blues do canal 2 tem uma curva de equalização do voicing levemente diferente do modo Rocker do canal orange dos Dual Recto, a minha impressão é que ele tem a equalização um pouco menos scooped.

Por muito tempo quem queria o som de um Solo Head Revision C e não tinha como conseguir um, usava os Trem-O-Verb, especialmente porque ele foi o único amp que manteve o mesmo design antigo, após o revision G dos Rectifiers. E por muitos anos foi o amp do Metallica, não dá pra tirar 100% do som clássico de Mesa do Metallica com os Solo Head atuais. Depois que eles mudaram pro Solo Head o Hetfield começou a usar um Roland JC-120 Jazz Chorus para tirar os sons limpos, algo que antes ele fazia com o canal Clean do Trem-O-Verb.

Já o Heartbreaker, embora tenha um canal inteiramente baseado no Mark I, está longe de poder ser chamado de um Mark I de 2 canais. Em termos de design ele era uma cruza do Single Recto com os Mark, tendo apenas um retificador valvulado. Tinha sim 2 canais e 5 modos, mas 2 canais totalmente diferentes entre si. Enquanto o canal 1, chamado de Love, era só Mark I, o Canal 2, chamado de Lust, era basicamente Fender/Marshall.

O espirito dele pra mim é uma cruza entre Mark, Lone Star e Stiletto, ou seja Marshall, Fender e Mesa em um único amp. Embora seja um amp pensado pra Hard Rock, Classic Rock, Southern Rock, Classic Metal, é um amp bem versátil.

O Canal Love não tem o que falar é um Mark I com 3 modos, Clean, Mid Gain e Hight Gain, algo bem mais versátil que os Mark I originais, o que fazia com que eles competissem com os Mark IV em termos de sonoridade "Mark". Uma coisa que eu adoro nesse amp, é que ele tem toda aquela aura de Fender modificado (que em essência, era o que o Mark I era, embora eu nunca tenha tocado em um) e o ganho do modo High Gain é totalmente cavalar e faz inveja fácil a um JCM800/900.

O canal Lust pra mim é que é o tchan desse amp, ele tem o modo Tweed Clean, com aquele som 100% Keith Richards, um som de Bassman/Tweed Twin que pode ir do cleanzão clássico até aquele som totalmente animal a la Buddy Guy e Clapton nos anos 70 e no modo British Gain vira um Marshall 1959 Super Lead Plexi, com aquele som clássico de Hard Rock/Metal dos anos 70/80. Enfim é dificícil imaginar um amp só que consiga facilmente todos esses sons, de Hendrix e Clapton (Cream), passando por Zeppelin, Aerosmith e chegando até Guns, Iron e Ozzy. Passando por Santana, Metallica, e ainda podendo dar uma acalmada e mandar um Allman Brothers, Lynard Skynard, até um Freddie King mais nervoso. Enfim, difícil um amp tão que tenha tantos sons limpos e distorcidos legais como esse.

O motivo de eu gostar desses 3 amps é que eles mantém a essência da Mesa, mas são muito mais versáteis que o "som padrão" que o povo associa aos Mesa e com certeza vai ser um dos 3 que vai fechar minha coleção de amps.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/12
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nichendrix

Mas, cara, eu acho que o Mark V pode ser o que tu esteja procurando. Mesmo em comparação ao Blue Angel, eu acho que nunca existiu um amplificador tão versátil quanto o Mark V (dentro dos Boogies). Não apenas os diferentes sons tu consegue mudando a equalização, mas todos os modos do amp - Fat, Bold, Tweed, Edge, Crunch, Mark I, Mark IIC+, Mark IV e Extreme - te dão absolutamente qualquer som já criado, desde a época do Elvis. O que realmente me fez curtir esse amp não foi Metallica nem o Carlos Santana, mas o John Petrucci. Eu não sei para que gravadora o Dream Theater assinou contrato nos últimos tempos, mas o som está horrível, na minha opinião. A equalização tá muito ''dark'' e abafada, não é como antigamente. Mas, como eu ia dizer, pra mim, o melhor som de Mark é o do álbum Images and Words. Sim, Algumas daquelas faixas foram Triaxis (que é basicamente o som de Mark), mas têm também algumas com o Mark IV, que era novidade naquela época. O timbre da guitarra do Images and Words é perfeito, é só ouvir o solo de ''Another Day'' e ''Learning to Live'', que são os que eu mais gosto. Hoje, eu também acho o timbre do Petrucci tão bom quanto antigamente, mas só ao vivo, porque, como eu disse, as gravações andam estranhas. Os Rectifier, embora sejam bons pra ritmo, eu não acho que eles ''cantam'' nos solos tão bem quanto os Mark. Talvez os antigos Rectifier, que eram mais parecidos com os Soldanos, fossem melhores, mas tem um elemento nos Rectifier que eu não curto muito... não sei se é a sonoridade de seus médios ou até mesmo a falta deles. Inclusive o próprio Randall Smith disse que a série Rectifier ''manchou'' o nome Mesa/Boogie. Mas não me entenda mal, não estou dizendo que esses amps são ruins, de maneira alguma.

Escuta isso. É do novo álbum do Dream Theater. Um dos melhores solos do Petrucci que eu já escutei, e ainda faz um ode ao Blues. Ah, e é puro Mark V isso aí.



nichendrix
Veterano
# fev/12 · Editado por: nichendrix
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Vinícius Iron
Mas, cara, eu acho que o Mark V pode ser o que tu esteja procurando. Mesmo em comparação ao Blue Angel, eu acho que nunca existiu um amplificador tão versátil quanto o Mark V (dentro dos Boogies).

A julgar pelo Mark IV, com certeza não é o que eu procuro. Na boa, não é questão de versatilidade pura e simples. Eu não gosto do som "padrão" dos Mesa, acho todos muito scooped pro meu gosto em geral (embora esse voicing deles seja ótimo pra determinados tipos de sons).

Os Mark em geral não me agradam muito, tel algo que sempre falta neles pra mim, não sei definir 100% o que é, mas dos que toquei, nenhum tinha o tchan que esses "Rectifiers alternativos" tem. Chamo de alternativos porque nenhum dos 3 é realmente um rectifier puro, quem mais chega perto é o Trem-O-Verb, então o som não é exatamente dos Rectos.

O que realmente me fez curtir esse amp não foi Metallica nem o Carlos Santana, mas o John Petrucci.

Como eu vou morrer não suportando o som do Petrucci, já achamos o ponto de discordância... hehehehehhehehe

Na boa nunca gostei muito de Dream Theater, nunca achei que o timbre do Petrucci fosse alguma coisa muito além do mais ou menos legalzinho, então ele nem aparece na minha lista de referências timbristicas.

Quem me levou a começar admirar o som dos Mesa foram o John Scofield, o Ronnie Wood, o Lee Ritenour, Metallica, e o Ed O'Brien.

Se algum dia eu comprar um Mark, vai ser um Mark III pra tirar o som do Lee Ritenour no final dos anos 80 e pra tirar o som dos Stones na época do Steel Wheels onde Keith e Ronnie estavam usando Marks, IIc+ pro Ronnie e IIIc pro Keith. Já que testando mesmo, não rolou quimica entre eu e os Marks.

Inclusive o próprio Randall Smith disse que a série Rectifier ''manchou'' o nome Mesa/Boogie.

Engraçado, essa é a série que leva as vendas da Mesa/Boogie nas costas, e se queimou o filme foi porque ele fez tantas variações do Solo Head, a maioria só por motivos comerciais e numa tentativa de derrubar os concorrentes (entenda Marshall), que no fim ele transformou uma linha cheia de bons produtos em uma linha que hoje é praticamente uma linha da máquinas de fazer zumbido.

Talvez os antigos Rectifier, que eram mais parecidos com os Soldanos, fossem melhores, mas tem um elemento nos Rectifier que eu não curto muito... não sei se é a sonoridade de seus médios ou até mesmo a falta deles.

Cara, os Rectifiers nunca foram baseados no Soldano. Os originais eram variações com mais ganho e um voicing mais scooped do Mark IV, a intenção era concorrer com os Soldano em termos de ganho, mas em termos de design não teve muita influência não, a não ser que tu conte o fato de usar ganho em cascata, mas isso é algo que todo mundo que não queria usar clipping de diodos compiou do Mike Soldano, afinal foi ele quem introduziu essa inovação em meados dos anos 80. Quase todos os design de amps top de linha depois dessa época incorporaram essa idéia. Fora isso não existe nada de Soldano no som Original dos Dual Rectos, que era bem próximo do som dos Mark IV.

Minha única reclamação com os Rectos (e com os Mesa em geral), é que o som é bem mid-scooped, são mais scooped que que os Mark, e eu não gosto muito disso em um amp, porque raramente uso o pot de tone todo aberto, então fica um saco de achar o sweet spot do tone com os Mesa, parece que foi feito pra ser usado com o tone todo aberto e se vc quiser um som mais interessante tem que tacar médio neles o que nunca combina com o som deles.

Por isso os amps que mais gosto da marca tendem a ser os que são menos centrados nesse som, são amps que tem uma boa dose de influência dos Fender, Marshall ou Vox e que por isso tem uma curva de médios mais suave e interessante. Algo que nenhum dos Marks e nenhum Rectifier "pure blood" tem, talvez por isso eu goste tanto dos amps mais "alternativos" da marca, como os Lone Star, os Nomad, Dual Caliber, os Rectos alternativos, como Heartbreaker, Trem-O-Verb e Blue Angel.

Enfim os Mesa são bons amps, mas desses spin-off dos Fender, até hoje os melhores que toquei foram os Rivera, pra mim são o que os Mark querem ser quando crescer... hehehehehehhehe

Enfim, Rivera está pros Fender como os Matchless estão pros Vox. A Mesa fica um nível abaixo nos Mark e nos Lone Star. Na prática o único amp que a Mesa fez e que ninguém conseguiu nem chegar perto de fazer igual ou melhor são os Solo Head originais, embora eu particularmente não curta esse som.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/12 · Editado por: Vinícius Iron
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nichendrix

A julgar pelo Mark IV, com certeza não é o que eu procuro. Na boa, não é questão de versatilidade pura e simples. Eu não gosto do som "padrão" dos Mesa, acho todos muito scooped pro meu gosto em geral (embora esse voicing deles seja ótimo pra determinados tipos de sons).

Aqui eu não concordo. Digo, é possível que os antigos Marks sejam mais scooped que o Mark V. Eu não saberia dizer exatamente como os antigos Marks soam, porque eu não vivi aquela época. O pessoal lá de fora que tem extensa experiência nos Mark diz que o Mark V tem um som mais refinado, em comparação com o Mark IV, sendo este mais refinado que o III. Talvez, seja esse um dos motivos que alguns ''Die-Hard-Old-Mark-Metal-Fans'' prefiram os antigos, por ter um som mais cru e menos refinado. Quanto ao som Scooped, eu não concordo, porque os Marks tem MUITOS médios. Tem gente que prefere justamente os Rectifier por não aguentar essa quantidade de médios do Mark. A maneira como se ajusta o gráfico é importante, porque a maioria gosta de tocar o slider de 750hz lá pra baixo.

Como eu vou morrer não suportando o som do Petrucci, já achamos o ponto de discordância... hehehehehhehehe

Na boa nunca gostei muito de Dream Theater, nunca achei que o timbre do Petrucci fosse alguma coisa muito além do mais ou menos legalzinho, então ele nem aparece na minha lista de referências timbristicas.


Tu não gostou do vídeo que eu postei? E não tem nenhuma música do Dream Theater que tu goste? Tipo do Images and Words, do Scenes from a Memory...

Engraçado, essa é a série que leva as vendas da Mesa/Boogie nas costas, e se queimou o filme foi porque ele fez tantas variações do Solo Head, a maioria só por motivos comerciais e numa tentativa de derrubar os concorrentes (entenda Marshall), que no fim ele transformou uma linha cheia de bons produtos em uma linha que hoje é praticamente uma linha da máquinas de fazer zumbido.

Talvez seja por isso que o Randall Smith não goste do Rectifier. Tudo bem a questão comercial, tudo mundo gosta de dinheiro, hehe. Mas eu acho que o motivo dele foi justamente o que tu disse no final: transformou uma linha cheia de bons produtos em uma linha que hoje é praticamente uma linha da máquinas de fazer zumbido.. Sim, pode ter sido ele mesmo que fez isso, mas não significa que a sonoridade e qualidade dos sons do Rectifier tenham fugido da ideia inicial dos Fenders modificados (Marks).

Cara, os Rectifiers nunca foram baseados no Soldano.

Eu acho que foram. Há muitos relatos de que, no início da década de 90, os Recto copiou o circuito do Soldano e fez algumas modificações. Mas certamente era bem diferente naquela época. Os Recto tiveram seu projeto amplamente modificado para chegar no que são hoje: nada a ver com Soldano.

Fora isso não existe nada de Soldano no som Original dos Dual Rectos, que era bem próximo do som dos Mark IV.

Cara, aí eu discordo também. Pra mim, o Mark IV não tem nada do DR. O mais próximo do DR são os Dual Caliber, que foi aquela transição Mark - Recto, no finalzinho da década de 80. Muitos do que possuem os Dual Caliber hoje afirmam ser um crossroads entre os dois.

Minha única reclamação com os Rectos (e com os Mesa em geral), é que o som é bem mid-scooped, são mais scooped que que os Mark, e eu não gosto muito disso em um amp

É... o DR certamente é, mas os Marks eu descreviria como ''Mid-Heavy'' ou ''Mid-Low / Low-Middy''.

porque raramente uso o pot de tone todo aberto, então fica um saco de achar o sweet spot do tone com os Mesa, parece que foi feito pra ser usado com o tone todo aberto

Eu já sou do tipo que põe o tone e volume da guitarra no máximo (sei que os bluseiros vão me crucificar por isso, hehehe), mas é que pro som Heavy Metal/Hard Rock é que o certo a se fazer. Claro, para algo mais Blues, o que faria, em primeiro lugar é pegar uma Strato e, usando um Mark V, gastaria todo tempo no canal 1.

e se vc quiser um som mais interessante tem que tacar médio neles o que nunca combina com o som deles.

No que tange aos Marks, eu volto a discordar disso.

Por isso os amps que mais gosto da marca tendem a ser os que são menos centrados nesse som, são amps que tem uma boa dose de influência dos Fender, Marshall ou Vox e que por isso tem uma curva de médios mais suave e interessante. Algo que nenhum dos Marks e nenhum Rectifier "pure blood" tem, talvez por isso eu goste tanto dos amps mais "alternativos" da marca, como os Lone Star, os Nomad, Dual Caliber, os Rectos alternativos, como Heartbreaker, Trem-O-Verb e Blue Angel.

Tudo bem, faz sentido que, para um determinado som, há outros amps mais indicados, mas não o Dual Caliber, já que eu acho que eles aquele elemento mesclado de Mark com Recto.

Na prática o único amp que a Mesa fez e que ninguém conseguiu nem chegar perto de fazer igual ou melhor são os Solo Head originais, embora eu particularmente não curta esse som.

Mas tu só toca Blues? Normalmente, como eu toco vários estilos, eu sempre tô procurando do 8 ao 80, hehe.

MMI
Veterano
# fev/12
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Vinícius Iron

os Recto copiou o circuito do Soldano e fez algumas modificações.

Não é bem por aí mesmo. Lá para o fim da década de 70, o que tinha era basicamente Fender, Marshall e Vox, além de um ou outro gato pingado. Caras como Randall Smith, Paul Rivera, Reinhold Bogner , Mike Soldano e tantos outros forneciam assistência e faziam modificações em amps, geralmente Marshall e Fender. Randall Smith e Paul Rivera ainda foram pioneiros, um pouco antes desses que listei, já que Soldano e Bogner foram empresas do fim da década de 80.

Foi justamente na década de 80 que bandas de metal e shred começaram a ficar mais populares e formar uma tendência forte. Muitas das modificações que essas butiques faziam eram justamente para adicionar ganho. Assim era o Marshall de Eddie Van Halen, que a loja que modificava para ele na California acabou por ser procurado pelos caras do Metallica, por Slash e por aí vai.

Nessa onda de ganho em cascada e alto ganho, a Mesa tentou entrar com a série Recto. Mas atrasos com aprimoramento de projeto, problemas etc. acabaram levando mais tempo e o pessoal da Mesa achou que tinha perdido o tempo certo para lançar e que os Recto seriam lançados, mas engolidos pelo mercado que já despontava com opções para alto ganho. Até hoje eles acreditam ser sorte que deu certo a linha...

Assim, o projeto não foi "chupado" da Soldano. Claro que nesse ramo, as ideias são rapidamente assimiladas e reproduzidas pelo mercado, vide os handmade nacionais. Mas se é assim, pode-se dizer que também foi "chupado" dos projetos da Gibson, Fender, Marshall, Vox...

nichendrix
Veterano
# fev/12 · Editado por: nichendrix
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Vinícius Iron
Aqui eu não concordo. Digo, é possível que os antigos Marks sejam mais scooped que o Mark V. Eu não saberia dizer exatamente como os antigos Marks soam, porque eu não vivi aquela época. O pessoal lá de fora que tem extensa experiência nos Mark diz que o Mark V tem um som mais refinado, em comparação com o Mark IV, sendo este mais refinado que o III. Talvez, seja esse um dos motivos que alguns ''Die-Hard-Old-Mark-Metal-Fans'' prefiram os antigos, por ter um som mais cru e menos refinado. Quanto ao som Scooped, eu não concordo, porque os Marks tem MUITOS médios. Tem gente que prefere justamente os Rectifier por não aguentar essa quantidade de médios do Mark. A maneira como se ajusta o gráfico é importante, porque a maioria gosta de tocar o slider de 750hz lá pra baixo.

Como eu disse, não posso falar do Mark V porque nunca toquei em um. No geral todos os Mesa são Scooped, desde o Mark I, com ou sem equalizador (que até o Mark IV era opcional e não de série em todos os Marks).

Não é algo que você perceba fácil comparando um Mesa com outro, os Rectos, via de regra, são muito mais scooped que os Mark, mas os Mark já são scooped por natureza.

É muito fácil perceber isso botando eles do lado de um Marshall, Fender ou Vox, que são amps que tem médios pra dar e vender, só aí que tu nota o quanto os Mesa são scooped, mesmo os Marks com equalizador em V invertido ainda tem menos médios que um Marshall com os médios no talo.

Isso não é bom e nem ruim, ao menos a priori, mas eu prefiro ter esse controle, prefiro que eu escolha quando o amp vai ser scooped ou se vai ter médios gritados ou abelhudos. Enfim o motivo pela qual eu não curto esse som é basicamente o inverso de porque eu não curto nenhum dos JCM da Marshall. De forma alguma isso faz desses amps ruins, só não se adequam ao meu gosto.

Tu não gostou do vídeo que eu postei? E não tem nenhuma música do Dream Theater que tu goste? Tipo do Images and Words, do Scenes from a Memory...

Cara, o video é legal, e não disse que nenhuma música do Dream Theater é ruim, eu só não curto, eu ouço, acho legal e acabou, se amanhã alguém tocar com todos os discos deles existentes no mundo, eu não vou achar nem ruim e nem bom.

Se tu me perguntasse uns 5 anos atrás eu diria que odeio de paixão Dream Theater, mas porque tive uma namorada que não aceitava que eu não achasse a banda nada do outro mundo e basicamente passou 1 ano e 2 meses botando os discos pra repetir a ponto de virar uma tortura... hehehehehhehehe
Eu acho que foram. Há muitos relatos de que, no início da década de 90, os Recto copiou o circuito do Soldano e fez algumas modificações. Mas certamente era bem diferente naquela época. Os Recto tiveram seu projeto amplamente modificado para chegar no que são hoje: nada a ver com Soldano.

Cara o SLO é basicamente um Marshall anabolizado, tonalmente é praticamente o oposto do que é um Dual Recto. O Randall Smith admite que estudou o projeto do preamp com ganho em cascata do SLO e se baseou nisso pra aplicar a mesma tecnologia aos Mesa/Boogie, inicialmente foi aplicado nos Coliseum Mark 300 (basicamente Mark IV com mais potência), mas foi implementada de fato nos Dual Recto que também foram desenvolvidos a partir dos Mark IV.

Eu tive a oportunidade de uma vez tocar um pouco no Dual Recto Solo Head Revision C, não foi um teste, foi só uma testada na Guitar Center, mas o som tem muito da alma do Mark IV, obvio o som é muito mais scooped, mas especialmente o modo vintage e Rocker são parecidos com o Mk. IV.

Cara, aí eu discordo também. Pra mim, o Mark IV não tem nada do DR.
O mais próximo do DR são os Dual Caliber, que foi aquela transição Mark - Recto, no finalzinho da década de 80. Muitos do que possuem os Dual Caliber hoje afirmam ser um crossroads entre os dois.


Quem diz que usou o Mark IV como ponto de partida pros Dual Recto é o Randall Smith, tem alguns sons das primeiras séries do Dual Recto onde o parentesco fica mais aparente, mas não é algo que tu bote e diga de cara, olha isso saiu do Mark IV. Dá pra ver que são irmãos, mas longe de ser irmãos gêmeos.

Cara a Dual Caliber surgiu em 92, junto com o Dual Recto, antes disso, nos anos 80, teve a .50 Caliber (de onde os DC provinham), a série não tem nada de cruza de Recto com Mark, eles eram basicamente um Mark III com a sonoridade modificada. Eles tinham um canal Rhythm com muito mais brilho que os Mark, ao mesmo tempo que tinham o canal Lead mais na praia dos Rectos, mas isso já estava presente no .50 Caliber de 1986.

Eu já sou do tipo que põe o tone e volume da guitarra no máximo (sei que os bluseiros vão me crucificar por isso, hehehe), mas é que pro som Heavy Metal/Hard Rock é que o certo a se fazer.

Cara, muito guitarrista de metal e hard rock discordaria de ti, essa coisa de usar os pots todo aberto é bem da virada dos anos 80 pros anos 90 em diante. E mesmo assim não é universal, se tu plugar uma ESP Heavy Metal Explorer num Solo Head, tu vai ver que só sai o som do Hetfield se der um peteleco pra baixo no tone. Bandas de Doom Metal do meu tempo (Paradise Lost, Anathema, My Dying Bride, etc) também adoram zerar o tone aqui e acolá.

Tudo bem, faz sentido que, para um determinado som, há outros amps mais indicados, mas não o Dual Caliber, já que eu acho que eles aquele elemento mesclado de Mark com Recto.

Cara, o DC3 e o DC5 são os Mesa que eu mais passei tempo na vida testando, até porque cheguei a ficar com um DC5 de um amigo que foi estudar nos EUA por quase 1 ano e deixou o amp lá em casa, são amps que tem um som limpo que não tem nada a ver nem com os Recto e nem com os Mark, e mesmo o som distorcido deles não é muito na praia de nem um e nem outro, mas com alguma licença poética, pode ser considerado algo no meio termo, dá pra dizer que é um Mesa porque quando bota no Canal Lead os médios vão pro buraco, um pouco mais que os Marks, mas não tanto quanto os Rectos.

Enfim, a série inteira tinha por filosofia ser amps mais genéricos e versáteis, que entregavam o básico dos Boogie, mas atendiam também outros públicos, como um clean mais clean e a possibilidade de um drive mais rasgado a la Marshall.

Em grande parte esse foi o motivo de eles não terem dado certo, eram Mesa Boogie meio indecidos, não eram como outros amps da marca que tentavam sair do padrão da marca, os que deram certo como o Lone Star, assumem de cara que são Boogieficação de outros modelos em geral Fender e Vox.

Mas tu só toca Blues? Normalmente, como eu toco vários estilos, eu sempre tô procurando do 8 ao 80, hehe.

Eu raramente toco Blues, ao menos Blues puro é raro pra mim tocar. Não tenho um som que toque mais que os outros, depende do humor, tem dia que só sai jazz, tem dia que é Metal, tem dia que é Blues, tem dia que é Southern Rock, tem dia que é só Beatles e Stones, tem dia que é só Pink Floyd, tem dia que é só o Rei do Baião, tem dia que é um sambinha lendo ou uma bossa... então depende do meu humor.

O que eu procuro nos meus amps é justamente a capacidade de acompanhar essas mudanças de humor, esse é o critério que me leva a escolher os amps, os meus 5 amps foram escolhidos justamente pela capacidade de dar os sons que eu imagino, isso não vai mudar quando chegar a hora de escolher um Mesa pra mim.

Essa versatilidade é algo que os Boogie em geral não tem, mas quando tem é pra dar, vender e alugar, como é o caso do Trem-O-Verb ou Heartbreaker.

Uma combinação que achei legal da Boogie foi o rack com um V-Twin e um Triaxis rack e um power 50:50 que um amigo meu tem, é uma combinação muito versátil e que tem timbres bem gostosos. No caso dele é ainda mais versátil porque junto tem um Marshall JMP-1 e um San's Amp PSA-1. Só que pra mim não rola andar com essa tralha toda, é muito botão pra quem gosta de coisas plug and play.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/12 · Editado por: Vinícius Iron
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MMI
nichendrix

Certo, entendi o lance dos DR. Dá para se dizer que Soldanos foram estudados, mas ter o seu circuito copiado foi errado. Isso mostra como tem informação errada na internet.

nichendrix

Como eu disse, não posso falar do Mark V porque nunca toquei em um. No geral todos os Mesa são Scooped, desde o Mark I, com ou sem equalizador (que até o Mark IV era opcional e não de série em todos os Marks).

Não é algo que você perceba fácil comparando um Mesa com outro, os Rectos, via de regra, são muito mais scooped que os Mark, mas os Mark já são scooped por natureza.

É muito fácil perceber isso botando eles do lado de um Marshall, Fender ou Vox, que são amps que tem médios pra dar e vender, só aí que tu nota o quanto os Mesa são scooped, mesmo os Marks com equalizador em V invertido ainda tem menos médios que um Marshall com os médios no talo.


Entendo. Houve um erro de comunicação. Os Marks são cheios de médios em comparação com os outros amps dentro da Boogie, mas não em comparação com outras marcas.

Enfim o motivo pela qual eu não curto esse som é basicamente o inverso de porque eu não curto nenhum dos JCM da Marshall.

Não entendi... Qual o motivo pelo qual tu não curte os JCM? Muitos médios? Pra mim, é o som clássico do Heavy Metal.

Se tu me perguntasse uns 5 anos atrás eu diria que odeio de paixão Dream Theater, mas porque tive uma namorada que não aceitava que eu não achasse a banda nada do outro mundo e basicamente passou 1 ano e 2 meses botando os discos pra repetir a ponto de virar uma tortura... hehehehehhehehe

Hahaha, é foda mesmo, a pessoa não aceita que o cara não curta o troço: ''Mas COMO tu não gosta??? Ouve isso, é muito bom, ouve só!'' Hehehehe.

Cara, muito guitarrista de metal e hard rock discordaria de ti, essa coisa de usar os pots todo aberto é bem da virada dos anos 80 pros anos 90 em diante. E mesmo assim não é universal, se tu plugar uma ESP Heavy Metal Explorer num Solo Head, tu vai ver que só sai o som do Hetfield se der um peteleco pra baixo no tone. Bandas de Doom Metal do meu tempo (Paradise Lost, Anathema, My Dying Bride, etc) também adoram zerar o tone aqui e acolá.

Nessa praia o volume funciona como um controle de saturação, motivo pelo qual todos abrem ao máximo. Mas, quanto ao Tone, aí sim realmente vão ter os que vão ajustar para dar aquele calorzinho diferente na música. Dentro do Heavy Metal não é algo que me preocupe tanto...

O que eu procuro nos meus amps é justamente a capacidade de acompanhar essas mudanças de humor, esse é o critério que me leva a escolher os amps, os meus 5 amps foram escolhidos justamente pela capacidade de dar os sons que eu imagino, isso não vai mudar quando chegar a hora de escolher um Mesa pra mim.

Cara, eu ainda acho que o Mark V te daria essas ferramentas. Eu percebi que tu não gosta muito de médios cortados (fique longe de DIEZEL), mesmo para Heavy Metal, mas isso é uma regra só para o canal 3 do Mark V. O canal 1 e 2 podem te dar aquela quantidade de médios que tu quer, se bem os Cleans de amps americanos como Fender e Mark já são scooped, ao contrário do limpo britânico. No canal 2, tem o modo Mark I e uma chave de seleção chamada ''Thick'' que, quando acionada, te dará um pulo tremendo de médios. Acho que vai valer muito a pena pegar um desses pra testar. Já percebi que tu não se encontra muito o timbre do Petrucci, mas, mesmo assim, ele tem dois vídeos em que ele dá uma verdadeira sobre como timbrar o amp.

Só que pra mim não rola andar com essa tralha toda, é muito botão pra quem gosta de coisas plug and play.

Eu penso o contrário. Pra mim, quanto mais controles, melhor. Eu penso assim, porque um amp com controles básicos de ''Grave, médio, agudo, ganho e master'', tu só vai ter um trabalho inicial de procurar o melhor som que esse amp oferece. Depois de encontrado, pronto, nunca mais mexe no amp. Pra mim, isso limita a variedade de sons, por isso a importância de um amp versátil. Um amp como o Mark V vai te dar as armas pra tu descobrir variedades e mais variedades de sons ao longo dos anos.

nichendrix
Veterano
# fev/12
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Vinícius Iron
Não entendi... Qual o motivo pelo qual tu não curte os JCM? Muitos médios? Pra mim, é o som clássico do Heavy Metal.

Pra mim o som clássico de Heavy Metal é o 1959 SLP, todas as grandes bandas tocaram com ele, dos JCM o que ainda vai no rumo de ser legal são os JCM800, os outros são muito puxados pro médio-agudo, pro meu gosto.

Hahaha, é foda mesmo, a pessoa não aceita que o cara não curta o troço: ''Mas COMO tu não gosta??? Ouve isso, é muito bom, ouve só!'' Hehehehe.

Se fosse, só isso tava tão bom... fio a menina fazia de tudo um motivo pra me botar pra ouvir DT.

Cara, eu ainda acho que o Mark V te daria essas ferramentas. Eu percebi que tu não gosta muito de médios cortados (fique longe de DIEZEL), mesmo para Heavy Metal, mas isso é uma regra só para o canal 3 do Mark V. O canal 1 e 2 podem te dar aquela quantidade de médios que tu quer, se bem os Cleans de amps americanos como Fender e Mark já são scooped, ao contrário do limpo britânico. No canal 2, tem o modo Mark I e uma chave de seleção chamada ''Thick'' que, quando acionada, te dará um pulo tremendo de médios. Acho que vai valer muito a pena pegar um desses pra testar. Já percebi que tu não se encontra muito o timbre do Petrucci, mas, mesmo assim, ele tem dois vídeos em que ele dá uma verdadeira sobre como timbrar o amp.

Cara, é possível que seja, mas aí só testando pra ver e a única pessoa que eu conheço que tem um é o edalko... hehehehehe

Eu penso o contrário. Pra mim, quanto mais controles, melhor. Eu penso assim, porque um amp com controles básicos de ''Grave, médio, agudo, ganho e master'', tu só vai ter um trabalho inicial de procurar o melhor som que esse amp oferece. Depois de encontrado, pronto, nunca mais mexe no amp.

Acho que aí que você se engana, na minha experiência, quanto menos controles, mais variedades de timbres e mais timbres vc consegue achar.

Muitos controles, pra mim é coisa de preguiçoso... hehehehehe... brincadeira.

Na minha experiência quem tem mais controles, termina se acomodando, a maioria dos meus amigos que tem Rivera ou Mesa, o bicho está lá regulado a anos com os controles nos mesmos lugares que sempre estiveram.

Com menos controle tu é obrigado a explorar o amp por não ter nem a opção de deixar eles onde estão, então se quiser mais timbragens, só é possível mudando os controles.

Pra mim, isso limita a variedade de sons, por isso a importância de um amp versátil.

Como disse antes, o fato de tu ser obrigado a mudar os controles de lugar pra ter novas timbragens já contradiz essa idéia que limita a variedade de sons que você consegue.

O que há de limitação é que como tu tem menos opções se tu precisar de muitas mudanças em palco, isso vira um problema, mas um que não é complicado de resolver se tu não tiver problemas em mexer nos pots de volume/tom ou de usar pedais (o que mesmo com 200 canais, vc termina usando).

No fim o amp que eu mais vi sair timbres diferentes que já teste foi um Fenderzinho Silverface que só tinha volume e tom, mas o piloto do bicho era bom, eu ia levar uma vida pra tirar tantos sons de um amp só.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/12
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nichendrix

Pra mim o som clássico de Heavy Metal é o 1959 SLP, todas as grandes bandas tocaram com ele, dos JCM o que ainda vai no rumo de ser legal são os JCM800, os outros são muito puxados pro médio-agudo, pro meu gosto.

Esqueci de citar esse detalhe. É do JCM 800 que eu curto, não do 900 ou 2000. Mas JCM 800 não é basicamente um SLP com ganho em cascata e algumas outras modificações do gênero?

Cara, é possível que seja, mas aí só testando pra ver e a única pessoa que eu conheço que tem um é o edalko... hehehehehe

Isso que me indigna: no Brasil, até representante da ORANGE tem, mas da Mesa/Boogie não... Tá certo que eles custariam caríssimo aqui, mas já seria bom ter pra esse pessoal ignorante (por favor, perdoe o termo) que pensa que Mesa é amplificador só ''pra metaleiro''.

Acho que aí que você se engana, na minha experiência, quanto menos controles, mais variedades de timbres e mais timbres vc consegue achar.

Com menos controle tu é obrigado a explorar o amp por não ter nem a opção de deixar eles onde estão, então se quiser mais timbragens, só é possível mudando os controles.

Ao contrário. Tu pode pensar que, com menos controles, o cara se estima a mexer mais, mas a questão é que, mesmo mexendo bastante nesses controles básicos, o som básico do amplificador vai sempre permanecer, em oposição a um Mark V, que tu sente como se realmente tivesse uns 15 amplificadores ali dentro.

No fim o amp que eu mais vi sair timbres diferentes que já teste foi um Fenderzinho Silverface que só tinha volume e tom, mas o piloto do bicho era bom, eu ia levar uma vida pra tirar tantos sons de um amp só.

Um amp que eu vi - acho que era um Dr. Z - só tinha volume e nada mais, hehehe.

MMI
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# fev/12
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Vinícius Iron

Amp com muito controle é problema sério também... Não dá muito certo não.

Eu tive um Rivera (não era desse, era parecido) com dezenas de botões, cada um com push-pull. Olha a foto, cada botão tem duas legendas. Perfeito, baita timbre, canal 1 Fender e canal 2 Marshall, conseguindo chegar até a um hi-gain. Por que vendi? Muito botão, muitos controles!

Cara, para estúdio diria que é excelente. Só que eu pegava uma guitarra, acertava o limpo, regulava o drive, regulava o boost, regulava o reverb. Com tudo timbrado e reguladinho, saía um timbre dos deuses. Plugava outra guitarra e pronto, nenhuma regulagem estava boa, tinha que começar tudo de novo, mesmo que fosse outra Les Paul, por exemplo. Nisso o Triaxis é ótimo, 128 presets memorizados, pode plugar guitarra diferente que está tudo memorizado e acessível com um botão da Ground Control, desde sons bem limpos até hi-gain. Para mim, que sou exagerado e tenho 10 guitarras, além de guitarras grande variação de sons, como a PRS 513 e a Gibson Dark Fire, só assim para não ficar louco. O Rivera eu recomendo fortemente para quem tem só uma Les Paul Standard, por exemplo, deixa tudo na mesma posição por anos e esquece dos knobs, vai ter um sonzão.

Meu sonho é um amp desses com volume e tone que tenha um sonzão.

MMI
Veterano
# fev/12
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Vinícius Iron

Isso que me indigna: no Brasil, até representante da ORANGE tem, mas da Mesa/Boogie não... Tá certo que eles custariam caríssimo aqui, mas já seria bom ter pra esse pessoal ignorante (por favor, perdoe o termo) que pensa que Mesa é amplificador só ''pra metaleiro''.

Ignorante que acha que Mesa é só para metaleiro sempre vai ter. Depois você conta que quem levantou o nome da Mesa Boogie e PRS foi o Santana, que de metal não tem nada...

Como eu disse, o Brasil já teve representante da Mesa, há uns 10 anos ou pouco mais tinha. Mas a esperteza nacional é foda. Neguinho quis engambelar os caras, deu calote, perdeu a representação e fechou as portas da Mesa para o Brasil, a representação para América Latina ficou numa lojinha sem vergonha em Buenos Aires. Da mesma forma que a malandragem excessiva está fechando as portas para PRS e Taylor, porque a Condortech não consegue trabalhar direito... Depois quando as portas se fecham, a gente fica sem. A Mesa não quer negócios no Brasil.

nichendrix
Veterano
# fev/12 · Editado por: nichendrix
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Vinícius Iron
Esqueci de citar esse detalhe. É do JCM 800 que eu curto, não do 900 ou 2000. Mas JCM 800 não é basicamente um SLP com ganho em cascata e algumas outras modificações do gênero?

Não, os JCM800 originalmente eram de 1 canal só, depois vieram os de 2 canais, mas era por clipping de diodos, ganho em cascata em Marshall só veio no JCM2000.

Ao contrário. Tu pode pensar que, com menos controles, o cara se estima a mexer mais, mas a questão é que, mesmo mexendo bastante nesses controles básicos, o som básico do amplificador vai sempre permanecer, em oposição a um Mark V, que tu sente como se realmente tivesse uns 15 amplificadores ali dentro.

Cara, controles a mais não vai fazer nem o pré, nem o power e nem o tone stack mudar. então na prática, tu nunca vai ter algo além do som básico do amplificador, não importa se ele tem só volume ou 300 botões.

Eu não posso falar muito pelos outros, eu falo por mim, nenhum dos meus amps tem mais de 2 canais e na boa eu mecho que tanto neles que o meu amp preferido pra tocar sons mais metaleiros é um Fender e adoro usar o Marshall pra tocar Jazz e Blues.

Mas na boa dependendo da fase que estou, raramente mudo de canal, fico só mechendo nos timbres de um canal. É absolutamente normal pra mim tirar 2 ou 3 timbres só com os pots da guitarra, isso somado às possibilidades do amp, faz uma diferença enorme.

Via de regra eu não perco muito tempo timbrando um amp com 200 botões, se tem 4 canais e 3 modos por canal, na boa tu tem 12 sons, tu só precisa regular isso uma vez pra ter 12 sons diferentes, como isso te permite explorar mais que algo que toda vez que tu tiver que tirar determinado som tu tem que ir lá e mudar tudo de lugar?

Se tu for fazer isso num amp digamos de 1 canal, tu vai ter que procurar 12 ajustes diferentes, nessa brincadeira a chance é grande tu achar uns 20 ajustes que te interessem.

Isso que me indigna: no Brasil, até representante da ORANGE tem, mas da Mesa/Boogie não... Tá certo que eles custariam caríssimo aqui, mas já seria bom ter pra esse pessoal ignorante (por favor, perdoe o termo) que pensa que Mesa é amplificador só ''pra metaleiro''.

Bom Mesa é tido como amp pra metaleiro no mundo inteiro, isso porque de 10 usuários "famosos", uns 7 tocam metal, hard rock ou Emo-alegrinho (que na cabeça dos ignorantes é rock pauleira... hehehehehhe). Eu conheci por conta dos Rolling Stones (o Ron só usa Mesa há uns 30 anos), do Lee Ritenour e do Scofield, mas são usuários infinitamente menos conhecidos do grande público do que o Metallica.

E na boa Mesa não é um amp comum em lugar nenhum do mundo, mesmo nas Guitar Center da vida, não se encontra em grandes quantidades. São amps que nos EUA custam o mesmo que um Civic usado, então mesmo lá são amps bem carinhos.

Um contrato de parceria com a Mesa + impostos brasilis é muito oneroso, não gera lucro facilmente, antigamente, quando existiam os Dual Caliber, eles carregavam as vendas no Brasil nas cordas, eram amps que custavam pouco menos de 2mil reais no anos 90 (o que era 200 reais mais caro que uma Gibson Les Paul e coisa de 10-12 salários mínimos), hoje seriam fácil uns 10mil reais, é uma faixa que não vende muito no mercado "oficial".

Um amp que eu vi - acho que era um Dr. Z - só tinha volume e nada mais, hehehe.

E tem mais possibilidade de timbres do que tu imagina.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/12
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MMI

Pois é, mas essa questão de se plugar uma guitarra diferente e sair um som não esperado eu acho que é normal pra todo amp. Tu pode timbrar um amp pra ter um som X perfeito para uma Strato com Single Coils, mas, quando tu plugar uma LP, vai sentir que ficou muito grave ou alguma outra frequência que não combina com som de Mogno, mas que o faz com som de Ash, por exemplo. Mas eu não acho que tem que começar a regular tudo de novo, ao plugar outra guitarra... apenas modificar uns detalhes em graves, agudos, etc. Amplificadores com o Mark V, por exemplo, é partir das recomendações do manual. A partir daí é só detalhes que tu modifica. Controles de push-pull é algo que eu não curto muito, vou dizer. Fico feliz de o Randall Smith ter tirado esses controles do Mark V. Grave, médio, agudo, presença, ganho e master é o necessário. De vez em quando, cai bem um ''depth''. Ah, e a questão dos presets memorizados do Triaxis é de fato a grande vantagem que eu vejo do rack sobre o amplificador tradicional.

nichendrix
Veterano
# fev/12
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MMI
Meu sonho é um amp desses com volume e tone que tenha um sonzão.

Eu posso te recomendar uma meia dúzia deles... heheheheh

Ignorante que acha que Mesa é só para metaleiro sempre vai ter. Depois você conta que quem levantou o nome da Mesa Boogie e PRS foi o Santana, que de metal não tem nada...

É, a primeira vez que vi um foi no VHS da turnê Steel Wheels dos Stones... heheheheh

Como eu disse, o Brasil já teve representante da Mesa, há uns 10 anos ou pouco mais tinha. Mas a esperteza nacional é foda. Neguinho quis engambelar os caras, deu calote, perdeu a representação e fechou as portas da Mesa para o Brasil, a representação para América Latina ficou numa lojinha sem vergonha em Buenos Aires. Da mesma forma que a malandragem excessiva está fechando as portas para PRS e Taylor, porque a Condortech não consegue trabalhar direito... Depois quando as portas se fecham, a gente fica sem. A Mesa não quer negócios no Brasil.

O buraco é bem mais embaixo. Além da picaretagem, existe a dicotomia, custos de parceria e custo brasil versus ganância dos importadores. Falo isso porque sabendo que existem esses custos agregados ao produto (impostos, parceria, reserva pra calote, flutuação do dolar, etc), o ideal pros importadores era tentar garantir o lucro vendendo o maior número de unidades possível pelo menor preço possível que permita ter lucro. Só que eles vão pro lado oposto, preferem vender um Road King por mês e ter com ele o lucro de 10.

Junte altos custos, baixa vendagem e picaretagem e você vai ter a completa inviabilidade de se ter importador oficial pra essas coisas tops de linha.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/12 · Editado por: Vinícius Iron
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nichendrix

Cara, controles a mais não vai fazer nem o pré, nem o power e nem o tone stack mudar. então na prática, tu nunca vai ter algo além do som básico do amplificador, não importa se ele tem só volume ou 300 botões.

Via de regra eu não perco muito tempo timbrando um amp com 200 botões, se tem 4 canais e 3 modos por canal, na boa tu tem 12 sons, tu só precisa regular isso uma vez pra ter 12 sons diferentes, como isso te permite explorar mais que algo que toda vez que tu tiver que tirar determinado som tu tem que ir lá e mudar tudo de lugar?

Se tu for fazer isso num amp digamos de 1 canal, tu vai ter que procurar 12 ajustes diferentes, nessa brincadeira a chance é grande tu achar uns 20 ajustes que te interessem.

É diferente, cara. Num amp de um canal só, ele vai ter o som básico característico daquele canal, mesmo mudando de lugar a quantidade de frequências. Já um amp com mais de um canal e diferentes modos vai de fato te dar sons distintos. Quanto a questão de mudar de modo e ter de mudar as regulagens de lugar, eu acho isso perfeitamente normal. Se tu quer um som X pra uma música e um som Y pra outra, tu vai buscar um modo diferente e reajustar os knobs para se encaixar no som básico daquele modo. Da no mesmo que o cara ter vários amplificadores, cada um com um canal. Por exemplo, ter um Plexi, um JCM 800 e um JCM 900. Cada um deles vai te dar um som diferente, embora todos compartilhem o timbre característico Marshall.

E na boa Mesa não é um amp comum em lugar nenhum do mundo, mesmo nas Guitar Center da vida, não se encontra em grandes quantidades. São amps que nos EUA custam o mesmo que um Civic usado, então mesmo lá são amps bem carinhos.

Nos EUA, estão na base dos U$1500,00 para U$2200,00. Não muito caro, se comparado a Europa. Lá, sim, Mesa/Boogie é caro. E, pra falar a verdade, esses preços que pagam pelos Mesa no EUA nem é tão absurdo assim, se comparado com gente aqui no FCC mesmo, que paga R$ 3100,00 por um Blackstar HT-20.

nichendrix
Veterano
# fev/12
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Vinícius Iron
Pois é, mas essa questão de se plugar uma guitarra diferente e sair um som não esperado eu acho que é normal pra todo amp.

O problema é que se tu tem só 3 controles o trabalho é um, se tu tem 22 o trabalho significantemente maior.

Mas eu não acho que tem que começar a regular tudo de novo, ao plugar outra guitarra... apenas modificar uns detalhes em graves, agudos, etc.

De qualquer forma, o que tu acha que leva mais tempo, mudar 3 controles totalmente ou fazer pequenos ajustes em 23 knobs, 12 sitches e 5 sliders?

Entendeu onde esse negócios começa a deixar de ser prático e porque toda a filosofia de ter esse monte de controles é justamente ajudar eles uma vez e deixar ali pra todo sempre?

Vinícius Iron
Veterano
# fev/12
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nichendrix

O problema é que se tu tem só 3 controles o trabalho é um, se tu tem 22 o trabalho significantemente maior.

De qualquer forma, o que tu acha que leva mais tempo, mudar 3 controles totalmente ou fazer pequenos ajustes em 23 knobs, 12 sitches e 5 sliders?

Sim, eu entendo. Mas a questão é a seguinte: digamos que tu estás gravando um álbum de metal, mas que também tenha passagens com som limpo - usando um Mark V - e usando duas guitarras. Se tu estiver usando apenas o modo Mark IV e o modo Clean Fat, ao trocar de guitarra, tu apenas vai mudar as regulagens desses dois. Eu duvido muito que em álbum inteiro tu vá usar os nove modos do amp combinado com as dez guitarras que tu possa ter. É maluquice. Por alguns sons, não apenas um. Se tiver muitos, como é o caso do Mark V, alguns deles serão só de brinde, ou para alguma ocasião muito especial. Vou dizer um negócio: se eu tivesse um Marshall valvulado, tu acha que eu usaria o modo Crunch do Mark V? Até usaria pra brincar as vezes, mas eu não estaria constantemente. Pessoalmente, o que realmente me interessa no Mark V são os modos Mark IIC+, IV, talvez Extreme e Clean Fat. Os outros eu vou usar só de brincadeira ou em ocasiões especiais. Não é algo de outro mundo mudar regulagens. Digo, se tu já conhece quais as melhores regulagens pra cada canal e modo, ao mudar de um para outro, tu não vai levar mais de 10 segundos girando os knobs. O mesmo se aplica às diferentes guitarras.

nichendrix
Veterano
# fev/12 · Editado por: nichendrix
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Vinícius Iron
Já um amp com mais de um canal e diferentes modos vai de fato te dar sons distintos.

Cara, eu discordo, os modos dos mesa basicamente só muda o ganho minimo e máximo que ele vai dar naquele canal, então o som básico continua sendo o mesmo.

Essa coisa de ter 3-4 canais e com 3-4 modos por canal é util pra quem toca com os pots de volume e tom da guitarra o tempo todo no 10, pra quem vai sempre usar 100 efeitos e por isso o ideal é que o amp mude o minimo possível pra não mexer neles, etc.

Eu toco basicamente com guitarra, amp e um GE-7, eventualmente um fuzz, tremolo ou Uni-Vibe, quando muito um delay e um wah, pra mim não faria sentido ter esse carrilhão de canais e modos, é contra-producente, eu troco mais de guitarra do que de ajuste de efeitos e de do amp.

Nos EUA, estão na base dos U$1500,00 para U$2200,00.

Cara, 2200 tu compra fácil um hatch popular usado nos EUA, isso é metade do preço de um Civic com 2004, pouca coisa a menos que um Corolla 2002. Se tu entrar nos hatches isso cai fácil na faixa de preço dum Fiesta 2006.

Pros padrões de lá não é nada absurdo de caro, mas também não é algo que qualquer um possa comprar na hora que dá na telha, uma pessoa de classe média compraria numa boa economizando por alguns meses (aqui precisaria economizar anos... hehehehe).

nichendrix
Veterano
# fev/12
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Vinícius Iron
Sim, eu entendo. Mas a questão é a seguinte: digamos que tu estás gravando um álbum de metal, mas que também tenha passagens com som limpo - usando um Mark V - e usando duas guitarras. Se tu estiver usando apenas o modo Mark IV e o modo Clean Fat, ao trocar de guitarra, tu apenas vai mudar as regulagens desses dois. Eu duvido muito que em álbum inteiro tu vá usar os nove modos do amp combinado com as dez guitarras que tu possa ter. É maluquice. Por alguns sons, não apenas um. Se tiver muitos, como é o caso do Mark V, alguns deles serão só de brinde, ou para alguma ocasião muito especial. Vou dizer um negócio: se eu tivesse um Marshall valvulado, tu acha que eu usaria o modo Crunch do Mark V? Até usaria pra brincar as vezes, mas eu não estaria constantemente. Pessoalmente, o que realmente me interessa no Mark V são os modos Mark IIC+, IV, talvez Extreme e Clean Fat. Os outros eu vou usar só de brincadeira ou em ocasiões especiais. Não é algo de outro mundo mudar regulagens. Digo, se tu já conhece quais as melhores regulagens pra cada canal e modo, ao mudar de um para outro, tu não vai levar mais de 10 segundos girando os knobs. O mesmo se aplica às diferentes guitarras

Cara, mas aí tu está te contradizendo, primeiro tu diz que ter muitos canais/modos/ajustes é bom porque te dá variedade, depois diz que raramente se usa a variedade e por isso é tão simples quanto ter um amp mais simples. Então ao menos pra mim tu só conseguiu provar, mesmo que por absurdo, que não se precisa de mais que um amp mais simples.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/12
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nichendrix

Cara, eu discordo, os modos dos mesa basicamente só muda o ganho minimo e máximo que ele vai dar naquele canal, então o som básico continua sendo o mesmo.

Com os antigos Marks era bem isso, mas o projeto do V é bem diferente. Nunca antes o Randall Smith tinha criado esse negócio de ''modos'' para seus Marks. Era um tipo de sonoridade para o canal 1, 2 e 3, e pronto, mais ou menos como tu quis dizer.

Essa coisa de ter 3-4 canais e com 3-4 modos por canal é util pra quem toca com os pots de volume e tom da guitarra o tempo todo no 10, pra quem vai sempre usar 100 efeitos e por isso o ideal é que o amp mude o minimo possível pra não mexer neles, etc.

Entendo. Bom, no meu caso, eu não mexo praticamente nunca nos pots de guitarra, então pra mim cada guitarra faz apenas um som (claro, volto a dizer que só é assim se eu estiver tocando músicas de alto ganho). Mas é a mesma questão da minha outra postagem (acho que tu não chegou a ler ainda), tu não vai usar todos os canais e todos os modos do amp com todas as guitarras ao mesmo tempo. Se tu já sabe qual é a regulagem de cada modo, quando tu tiver que fazer a mudança, a mudança será rápida.

Pros padrões de lá não é nada absurdo de caro, mas também não é algo que qualquer um possa comprar, uma pessoa de classe média compraria numa boa economizando por alguns meses (aqui precisaria economizar anos... hehehehe).

Pois é, e tem maluquinho aqui que paga 3 mil reais ou mais por um ampzinho que lá fora custa não mais que 600 dólares.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/12
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nichendrix

Cara, mas aí tu está te contradizendo, primeiro tu diz que ter muitos canais/modos/ajustes é bom porque te dá variedade, depois diz que raramente se usa a variedade e por isso é tão simples quanto ter um amp mais simples. Então ao menos pra mim tu só conseguiu provar, mesmo que por absurdo, que não se precisa de mais que um amp mais simples.

Calma, não foi contradição. É que a minha cabeça já começou a girar nesse assunto. Se eu não disse isso antes, vou dizer agora, mas um amp, na minha opinião, é melhor quando tu tem grande variedade, entretanto ser uma besta de versatilidade como o Mark V não significa que tu vá usar tudo que é modo dele. Tem muita coisa que tem no amp, que tu vai usar em uma ocasião ou outra, mas não significa que seja inútil. Mas o meu ponto foi que, pra um tipo especifico de som, alguns modos bastam. Se tu te aventurar em outros estilos, alguns outros modos possam entrar. Mas tu nunca vai usar tudo ao mesmo tempo e não necessariamente usará todos os modos, mesmo tocando diferentes estilos. Espero que eu tenha conseguido ser claro, tô viajando muito nessa conversa, hehehe.

nichendrix
Veterano
# fev/12
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Vinícius Iron
Com os antigos Marks era bem isso, mas o projeto do V é bem diferente. Nunca antes o Randall Smith tinha criado esse negócio de ''modos'' para seus Marks. Era um tipo de sonoridade para o canal 1, 2 e 3, e pronto, mais ou menos como tu quis dizer.

Cara, esses modos do Mark V não são diferentes em princípio dos modos dos Rectos. Recto basicamente tem 2 ou 3 sonoridades, uma pra cada canal. Cada modo muda a estrutura de ganho do canal, só isso, ele muda o minimo e o máximo de ganho do canal, mas na prática ainda são apenas 3 sons.

nichendrix
Veterano
# fev/12
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Vinícius Iron
Se tu te aventurar em outros estilos, alguns outros modos possam entrar. Mas tu nunca vai usar tudo ao mesmo tempo e não necessariamente usará todos os modos, mesmo tocando diferentes estilos. Espero que eu tenha conseguido ser claro, tô viajando muito nessa conversa, hehehe.

Claro tu foi de primeira vez, o que estou dizendo que os motivos pelas quais tu acha que são uteis, são os motivos pelas quais eu não acho que sejam.

É como ter uma Ferrari pra andar no transito de Sampa, tu tem um carro que vai de 0 a 100 de primeira marcha e em menos de 5 segundos, faz sentido usar ele pra andar a 20km/h em engarrafamento?

O mesmo vale pra ter 3-4 canais com vários modos pra cada um. Pro Petrucci que tem que fazer shows toda hora com 15 músicas, todas com timbres que embora na mesma praia, são diferentes e ainda tem que fazer isso encaixar com efeitos diferentes pra cada música, etc. Pra essa situação é mais fácil ter 3 tipos de sons básicos e mudá-los em cima usando modos. Simplifica muito a vida ao vivo, é menos sapateado, ao invés de trocar de canal ou amp e acionar distorção x ou y (pelo menos 5 pisadas em switches), só muda o modo e no máximo muda o canal, reduzido pra 2 ou 3 pisadas.

Pra mim, que toco 1 ou 2 vezes por semana, raramente acompanhados e raramente mudando radicalmente de efeitos de uma música pra outra, isso é o mesmo que botar uma Ferrari pra andar em engarrafamento.

Só que isso sou eu, eu prefiro amos que me dê um som pela metade onde eu possa construir em cima, do que ter 10 sons prontos pra usar a qualquer momento.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/12 · Editado por: Vinícius Iron
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nichendrix

Beleza, estamos nos entendendo.

É como ter uma Ferrari pra andar no transito de Sampa, tu tem um carro que vai de 0 a 100 de primeira marcha e em menos de 5 segundos, faz sentido usar ele pra andar a 20km/h em engarrafamento?

Na verdade, esse argumento eu já vi antes. Não em assunto de versatilidade, mas em assunto de potência. Muita gente afirma que 100w é desnecessário porque tu nunca vai usar tudo. Mas o que o pessoal não percebe é que nenhum dos ídolos deles usam seus amps de 100w à todo o vapor. Eles usam pela sonoridade distinta e punch que só os amps de 100w tem. Mas isso já ouuutro assunto...

O mesmo vale pra ter 3-4 canais com vários modos pra cada um. Pro Petrucci que tem que fazer shows toda hora com 15 músicas, todas com timbres que embora na mesma praia, são diferentes e ainda tem que fazer isso encaixar com efeitos diferentes pra cada música, etc. Pra essa situação é mais fácil ter 3 tipos de sons básicos e mudá-los em cima usando modos. Simplifica muito a vida ao vivo, é menos sapateado, ao invés de trocar de canal ou amp e acionar distorção x ou y (pelo menos 5 pisadas em switches), só muda o modo e no máximo muda o canal, reduzido pra 2 ou 3 pisadas.

Concordo, mas não acho que seja bem assim a coisa... Por exemplo, o Marshall JVM (o Satriani vai estar com o Signature dele em breve e eu mal posso esperar) é um amp que tem em seus canais os clones do Marshall JCM 800, JCM 800 Hotrodded, Plexi, 6100, Jubilee, etc. Por exemplo, nesse amp apenas o clone do JCM 800 poderia já permitir para mim ou para qualquer outra pessoa fazer todas as músicas de que gosta. O negócio é as vezes o cara também pode curtir muito o som de um Jubilee, e querer usá-lo. Então, não é só uma questão de ter muita música ou muito show pra fazer que a versatilidade vai ser útil. Muitas vezes, o cara pode ter uma banda simples, mas querer desfrutar de sons de origem diferente. Não se torna mais uma questão de virar os knobs do modo JCM 800, pois tu não vais conseguir a sonoridade de um Jubilee. Em outras palavras, a versatilidade está presente no gosto variado por timbres do guitarrista.

Pra mim, que toco 1 ou 2 vezes por semana, raramente acompanhados e raramente mudando radicalmente de efeitos de uma música pra outra,

Sim, sim, tranquilo. Mas isso aí não é uma questão de certo ou errado absolutos. É apenas uma situação que, no teu caso, é mais conveniente a se fazer.

Só que isso sou eu, eu prefiro amos que me dê um som pela metade onde eu possa construir em cima, do que ter 10 sons prontos pra usar a qualquer momento.

Eu não acho que os sons estarão prontos. Em um JVM, onde tu tem uma viagem pelos amps da Marshall, será necessário um trabalho para atingir o som específico de cada um. Tu vais construir o teu som em cada modo como se fosse um amp diferente.

MMI
Veterano
# fev/12
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Vinícius Iron

Por exemplo, nesse amp apenas o clone do JCM 800 poderia já permitir para mim ou para qualquer outra pessoa fazer todas as músicas de que gosta.

Sei lá, mas para mim não serve, não quero não. E suponho que nem o nichendrix nem o Edalko trocariam seus amps por um desses.

MMI
Veterano
# fev/12
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Vinícius Iron

as eu não acho que tem que começar a regular tudo de novo, ao plugar outra guitarra... apenas modificar uns detalhes em graves, agudos, etc.

Pior que não é bem assim, muitas vezes tem que regular tudo de novo sim.

Não sei sua experiência com amps desse tipo... Mas os controles de graves médios e agudos dos amps não são paramétricos como muitos eq de estúdio, acontece de terem um "Q" maior ou menor que o desjado. E pelo "colorido" que o amp dá no som, um peteleco num agudo pode mudar o médio, que muda o ganho, que influencia no master, mas mudou o controle de "presence"... A coisa é enjoada! Dá uma olhada nos reviews dos canais do Triaxis que o colega daqui está fazendo para você entender o que estou falando.

Lembre-se que a equalização muda em relação ao volume e ao ambiente onde se toca... Não serve uma coisa só para tudo.

nichendrix

a primeira vez que vi um foi no VHS da turnê Steel Wheels dos Stones... heheheheh

Mas certeza que você já tinha ouvido vários, Santana incluído.

O buraco é bem mais embaixo. Além da picaretagem, existe a dicotomia, custos de parceria e custo brasil versus ganância dos importadores. Falo isso porque sabendo que existem esses custos agregados ao produto (impostos, parceria, reserva pra calote, flutuação do dolar, etc), o ideal pros importadores era tentar garantir o lucro vendendo o maior número de unidades possível pelo menor preço possível que permita ter lucro. Só que eles vão pro lado oposto, preferem vender um Road King por mês e ter com ele o lucro de 10.

A coisa é bem mais complexa que isso, mas não é coisa legal para se postar e deixar aqui para a posteridade.

Só vou falar de algumas coisas de nosso amado país, que não largo.

1) Aqui se criou a "lei de Gérson" e ela vale mais que a Constituição.
2) Aqui é um país no qual levar e não pagar é algo comum e corriqueiro, o próprio governo faz. A lei garante liberdade para quem "compra" e não paga. Devia combater, mas ao invés, cria-se instituições e empresas, se lucra com isso, como SERASA, SPC, cartórios de protestos...
3) Malandragem é coisa bacana.
4) Existe um ditado mais que real: "aos amigos, tudo! Aos inimigos, a lei!"

Se quiser, um dia te conto o que rolou com essas marcas, mas não publicamente, não me comprometa... E parece que a exemplo do que vimos há 10 anos com a Mesa, estamos vendo nas lojas as últimas PRS a desembarcar oficialmente aqui por um tempo. Pode incluir as outras marcas da empresa que vão demorar mais ou menos tempo.

trashit hc
Veterano
# fev/12
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tópico excelente!! pra quem é fã dos mesa.

aprendendo muito com o pessoal!!

Vinícius Iron
nichendrix

vcs dois que estão trocando bastante ideias muito positivas!!
sobre os Mark, e os Rectifiers.
poderia me dizer por favor, se esse som tem mais cara de Mark IV, ou Dual Rectifier?



parece que nessa época o guitarrista usava:
MESA/Boogie Mark IV Head
MESA/Boogie Studio Preamp
MESA/Boogie Strategy 400 Power Amp
MESA Recto Cabinets

abs.

nichendrix
Veterano
# fev/12
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Vinícius Iron
Na verdade, esse argumento eu já vi antes. Não em assunto de versatilidade, mas em assunto de potência. Muita gente afirma que 100w é desnecessário porque tu nunca vai usar tudo. Mas o que o pessoal não percebe é que nenhum dos ídolos deles usam seus amps de 100w à todo o vapor. Eles usam pela sonoridade distinta e punch que só os amps de 100w tem. Mas isso já ouuutro assunto...

Bom, já parou pra pensar que eles tocam com amps de 100W porque tocam em estádio e ginásio?

Na boa duvido que esses caras toquem com amps de 100W em casa ou numa gig pequena, mesmo no estúdio dou a cara a tapa se na maioria das vezes não usam algo menor, quando não usam só um pré a la Triaxis pra conseguir o som que querem.

Um tempo atrás vi o Clapton e o Jeff Beck comentando algo do tipo, que antes ele era obrigado a usar amps de 100W porque todo o sistema de som era uma porcaria, mas que já há algum tempo a teconologia permite que eles façam shows com amps de 15W com a mesma qualidade e pressão sonora saindo do PA que teriam com um amp de 100W.

E se tu for atrás das notícias de uns 10-15 anos atrás, tu vai ver uma porradinha de relatos desses caras famosos usando vários full stacks no palco e só um estando ligados, mas por conta dos contratos de endorsement tinha lá mais uma renca de stacks só de enfeite, pra fazer propaganda da marca que os pagava..

Em outras palavras, a versatilidade está presente no gosto variado por timbres do guitarrista.

Aqui concordo parcialmente, acho que aqui entra uma boa dose de maturidade e experiência também. Eu mesmo há uns 10 anos atrás não conseguia ensaiar ou tocar em palco sem usar pelo menos 2 amps, tinha sets estéreo, trocentos pedais, etc. Hoje tiro o mesmo com com 4 pedais e um amp só.

Nesses 10 anos eu aprendi um bocado sobre os meus amps (os únicos que estão comigo a menos tempo são o Vox e o Picovalve que peguei ano passado). Hoje eu sei como tirar amps "Marshall-like" dos meus Fender ou "Fender-like" do meu Marshall.

É algo que vem com o tempo, hoje eu percebo que tu não leva menos de 2-3 anos (não raro mais) usando um determinado amp pra aprender realmente a tirar o máximo dele.

Agora isso é diferente prum cara como o Keith Richards ou o Lenny Kravitz, ou mesmo o Petrucci, eles tem que levar uma vida inteira pro palco, então tem que levar trocentos amps, eles tem que tocar pra plateias que não raro são maiores que a população de cidades algumas cidades de pequeno ou mesmo médio porte. Então pra eles é inviável ficar timbrando um amp só no palco.

MMI
E pelo "colorido" que o amp dá no som, um peteleco num agudo pode mudar o médio, que muda o ganho, que influencia no master, mas mudou o controle de "presence"...

Isso é particularmente comum nos Mark, rapaz é um dos infernos que eu tive nas vezes que toquei com eles, os controles são muito interativos uns com os outros.

Mas certeza que você já tinha ouvido vários, Santana incluído.

Com certeza, mas não sabia que ele tocava com Mesa até a época que ele lançou o Supernatural.

Se quiser, um dia te conto o que rolou com essas marcas, mas não publicamente, não me comprometa...

Qualquer coisa manda por email, mas até imagino o tanto de trambicagem que deve ter por trás dessas histórias... heheheheh

Sei lá, mas para mim não serve, não quero não. E suponho que nem o nichendrix nem o Edalko trocariam seus amps por um desses.

Antigamente podia ser, antigamente eu achava que a versatilidade estava no gear, alguns amigos meus me forçaram a ver que o buraco é bem mais embaixo, que o piloto do gear é tão ou mais importante nessa versatilidade quanto o o próprio equipamento.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/12 · Editado por: Vinícius Iron
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nichendrix

Bom, já parou pra pensar que eles tocam com amps de 100W porque tocam em estádio e ginásio?

Não necessariamente. Com os sistemas de PA de hoje, dá pra tocar em estádio até com 30w, na minha opinião. Eu já cansei de ver as regulagens de amps desses caras de mainstream que usam valvulados de 100w. O Master Volume deles não chega nem na metade. Fica quase sempre em torno de ''10h no relógio''. Eu acho que se eles realmente curtissem distorção de power, buscariam amps que pudessem pôr em umas ''3h''.

Na boa duvido que esses caras toquem com amps de 100W em casa ou numa gig pequena, mesmo no estúdio dou a cara a tapa se na maioria das vezes não usam algo menor, quando não usam só um pré a la Triaxis pra conseguir o som que querem.

No show do Mr. Big que teve em Porto Alegre, no ano passado, o Paul Gilbert usou um Marshall de 100w + gabinete 4x12 no bar Opinião, onde a capacidade é de em torno de mil pessoas.

Um tempo atrás vi o Clapton e o Jeff Beck comentando algo do tipo, que antes ele era obrigado a usar amps de 100W porque todo o sistema de som era uma porcaria, mas que já há algum tempo a teconologia permite que eles façam shows com amps de 15W com a mesma qualidade e pressão sonora saindo do PA que teriam com um amp de 100W

Foi bem o que eu disse. O cara hoje pode tranquilamente tocar com valvulados de potência menor. Mas a questão é o pessoal curte o som dos de 100w.

Eu mesmo há uns 10 anos atrás não conseguia ensaiar ou tocar em palco sem usar pelo menos 2 amps, tinha sets estéreo, trocentos pedais, etc. Hoje tiro o mesmo com com 4 pedais e um amp só.

Isso não é uma questão de maturidade. Digo, pode até ser, mas a verdade é que tu aprendeu a preferir sets mais simples. Do contrário não haveria aqueles caras que usam essas Axe-FX da vida (sem entrar na questão do valvulado x digital), com aquelas mais de 70 simulações, com 80% com seus presets ajustados para músicas diferentes.

Hoje eu sei como tirar amps "Marshall-like" dos meus Fender ou "Fender-like" do meu Marshall.

Eu acho super tranquilo tirar sonoridades parecidas de outros amps em um amp. Mas pra muitos isso não basta. Foi um exemplo que eu dei, mas ficou mal entendido: se tu gosta de um JCM 800 e consegue extrair tudo dele, beleza. Mas tu nunca vai conseguir um som de Jubilee ou de Plexi dele. Ou seja, se tu tem mais de um amp ou um amp como um JVM da vida, que produza esses clones em seus modos e canais, significa que tu gosta de grandes variedades de sons. No final das contas, sempre será complicado mudar uma parte da equação do timbre e depois ter de fazer ajustes nos knobs do amp. Música é assim, por mais simples que seja o set. Eu, particularmente, não me importo, desde que eu já tenha aprendido como cada sonoridade reage a uma guitarra com madeira específica. ALIÁS, todo esse papo que, indiretamente, implica a falta de paciência de ficar ajustando e reajustando sons no amplificador, é uma das razões pelas quais eu larguei completamente de mão de adicionar racks ao meu set. Eu sei que a qualidade, versatilidade e flexibilidade são excelentes, mas eu simplesmente não tenho paciência de ficar ajustando presets aquilo e lá durante uma infinidade de horas, principalmente se tu tem um harmonizer da Eventide. Outro detalhe ainda que eu acho MUITO pior que ficar reajustando controles de amps, é ficar ajustando presets de simuladores de uma Axe FX da vida. Eu preferiria mil vezes estar na frente de um amp, na mera simplicidade de girar knobs, do que ficar daqui pra lá com presets e bancos de dados e não sei o que mais de racks simuladores, sem contar a quantidade de efeitos, o tempo todo consultando manual pra ver como funciona a máquina e como chegar onde tu quer chegar. Mas tudo isso na minha opinião.

Agora isso é diferente prum cara como o Keith Richards ou o Lenny Kravitz, ou mesmo o Petrucci, eles tem que levar uma vida inteira pro palco, então tem que levar trocentos amps, eles tem que tocar pra plateias que não raro são maiores que a população de cidades algumas cidades de pequeno ou mesmo médio porte. Então pra eles é inviável ficar timbrando um amp só no palco.

Por exemplo, eu teria tranquilamente uns quatro cabeçotes e umas 15 guitarras, mas, na hora de levar meu equipamento pra um show, eu só levaria um cabeçote e duas guitarras (sendo uma delas pra emergência, caso a primeira dê alguma problema na hora). Com isso, eu já me prepararia todo em como regular o amp no palco, seus modos e canais, e como a guitarra reagirá. Nesse caso e, principalmente, usando bem a cabeça, dá pra ter versatilidade e tranquilidade em situações de palco. As dificuldades mesmo, na minha opinião, ficam com o cara da mesa de som.

Vinícius Iron
Veterano
# fev/12 · Editado por: Vinícius Iron
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trashit hc

Valeu, cara. Esse som tá mais pra algo vintage, na minha opinião. Acredito que seja bem aquilo que tu postou: um Mark IV + pré e power. As regulagens devem estar mais voltadas para um grave e ganho menores, pelo que se dá para ouvir. Com um Mark V, tu consegue tranquilamente esse som no canal 2 ou até melhor.

PS: Se tu leu tudo o que eu e o Nichendrix postamos, então tu é um herói, hehehe.

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