O que é a "feature" aftertouch?

    Autor Mensagem
    jpsamara
    Veterano
    # jul/04


    Olá Pessoal. Gostaria de saber o que é o aftertouch, que só vi em teclados mais profissionais/avançados.

    maxwell3
    Veterano
    # jul/04
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    After= após/depois/e seguida.
    touch= toque/acionamento.

    Seria efeito ou regulagem prédeterminada que é disparada após se precionar uma tecla e mantendo-a precionada. Ou algum efeito que é disparado dependendo da pressão exercida sobre a tecla.

    eduardojle
    Veterano
    # jul/04
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    Tive um Korg com aftertouch e funciona da seguinte maneira, complementando o que o Maxwell disse e que está corerto!

    Você toca uma nota normalmente e até aí o que vale é a velocidade para determinar a intensidade do som, quando a tecla está pressionada, você faz mais força e ela "desce" um pouco mais, gerando um outro efeito DSP sobre o som ou ativando um outro timbre. É interessante para sons de orgão por exmplo, no aftertouch vc pode acionar o efeito rotary. E por aí vai!
    Ouvi dizer que além do aftertouch, existe algum outro tipo de sistema em que vc move a tecla para um lado ou para o outro, podendo colocar aí mais efeitos ou algo mais.
    Seria um aftertouch adicional, então teríamos a tecla sensível à velocidade, um aftertouch por pressão e um lateral!!

    jpsamara
    Veterano
    # jul/04
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    Obrigado pelas respostas!

    frade
    Veterano
    # nov/07
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    O modelo T3 e o N264 da KORG possuem a função AFTERTOUCH?

    mayconcvel
    Veterano
    # nov/07
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    o N264 tem sim, já esse T3 eu não sei te responder.

    johnny_floripa
    Veterano
    # nov/07
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    O T3 é o sucessor direto do M1... se não me engano o M1 tem aftertouch, então o T3 deve ter também...

    frade
    Veterano
    # nov/07
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    E o T3 e N264 tem portamento, como os da Roland?

    johnny_floripa
    Veterano
    # nov/07
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    frade
    Resposta rápida... não! (quer dizer, o n264/364 eu não lembro se tem ou não, mas o T3 é certeza que não tem)

    je_lais
    Membro Novato
    # dez/21 · Editado por: je_lais
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    Bom dia, pessoal.
    Vocês saberiam me dar exemplos de teclados mais modernos com a função aftertouch?
    Procurei e só vi alguns exemplos no youtube.

    Só fiquei curiosa mesmo, descobri ontem que existe essa função em alguns teclados.

    Obrigada!

    sereanes
    Membro Novato
    # dez/21
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    je_lais, bom dia.

    Vocês saberiam me dar exemplos de teclados mais modernos com a função aftertouch?, sim, saberia, sim. Aqui eu já responderia à sua pergunte editada.

    Mas, serei generoso e te darei 3 exemplos: Korg Kronos, Roland New Fantom e Yamaha Montage.

    De nada.
    Abraços.

    TrebleH
    Veterano
    # dez/21
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    je_lais

    Até um tempo atrás, alguns teclados MID LEVEL tinham aftertouch, como os Triton LE / TR. Hoje em dia, praticamente, só encontra nos TOP LEVEL (Fantoms, Korg M3, Kronos, Triton, Motifs e Montage). Infelizmente, tá bem raro de achar.

    Um detalhe interessante é que essa função também está disponível nos PADs de alguns teclados. Verifique as especificações técnicas dos mesmos em caso de dúvidas

    M.André
    Membro Novato
    # dez/21
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    Até um tempo atrás, alguns teclados MID LEVEL tinham aftertouch
    Tenho um Yamaha S30, que foi lançado no ano 2000 e ele também possui. Já o Korg M50 que é bem mais recente (e é workstation), não possui. kkkk

    TrebleH
    Veterano
    # dez/21
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    M.André

    Se eu não me engano, todos os Mid Level de hoje não tem (Krome, FA, MODx, MOXF, Nautilus, Jupiter 50 ... )

    É uma pena, pq nem me parece ser algo tão caro de colocar no teclado

    sereanes
    Membro Novato
    # dez/21
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    TrebleH, saudações.

    Meu colega, você é um dos poucos que não está no campo da mediocridade. E eu o respeito por isso.

    Digo isto porque tem alguns "Youtubers" que acreditam que teclado tem "logaritmo"; eles não sabem a diferença entre algoritmo e logaritmo; considero que um "influencer" que não sabe a diferença entre Capitão de Fragata e Cafetão de Gravata, não sabe nada, pois, se conhecesse um, não faria confusão com o outro, por exclusão.

    E como o conhecimento de alguns poucos deles é limitadíssimo (e o domínio da língua inglesa, abaixo de zero), só lhes resta analisar teclados pelo prisma obsoletíssimo de "mid level" e "top level".

    Vou tentar comentar seu "post" de trás para frente, por me parecer mais didático.

    Quando você coloca que "É uma pena, pq nem me parece ser algo tão caro de colocar no teclado", vou explicar sucintamente: teclados não que possuem "after touch", têm apenas uma "régua" e teclados que possuem "after touch", possuem 2 "réguas", uma sobre a outra e 2 conjuntos de sensores. Então, com relação ao custo, seria "o dobro", superficialmente falando.

    Quanto à "Se eu não me engano, todos os Mid Level de hoje não tem (Krome, FA, MODx, MOXF, Nautilus, Jupiter 50 ... )", todos estes possuem "after touch" do século XXI, e não o "after touch" do século XX, explicado acima. E esclareço, de forma muito superficial:

    Se você observar no Yamaha MODX (no motor AWM2, por exemplo), cada parte tem um "Common" e 8 Elements". Todos com parâmetros do tipo "Velocity Limit, Note Limit, Velocit Offset, Velocity Depth, Center Key e Pitch/Key, só para citar como exemplo.

    No Korg Krome, se você observar na "page" 2, você encontrará ajustes de "Multisamples" e "Velocity Split" para as 8 camadas e 16 "layers", isto para cada oscilador. Nas "page" 3 e 4, você terá "Key Tracks", "Velocity Intensity", "LFO1, LFO2 Intensity e assim por diante.

    No Roland FA, você encontrará em "Part View" -> "keyboard", os parâmetros "R.L, R.U, V.F.L, V.L, V.U, V.F.U, Sens", entre outros, como "Velocity".

    E poderia me estender para os outros teclados, mas, não quero ser enfadonho.

    Agora, tem que saber programar e, para isso, tem que ter capacidade, conhecimento da língua inglesa e determinação. Não existe isotônico ou suplemento alimentar que se tome à noite, e acorde de manhã sabendo.

    Considero ser muito ignorante ou saudosista querer que teclados do Século XXI, mantenham as mesmas tecnologias dos teclados dos anos de 1990 ou 2000, independentemente se são "Mid Level" ou "Top Level".

    Abraços.

    sereanes
    Membro Novato
    # dez/21 · Editado por: sereanes
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    edsm100

    Exatamente. Assino em baixo.

    Vamos pegar o Roland FA, como um pequeno e simples exemplo.

    Seja T1 = Timbre 1, T2 = Timbre 2, etc., onde T1 pode ser igual ou diferente de T2.

    Imaginemos a seguinte programação:

    T V.L V.U
    T1 1 15
    T2 16 25
    T3 26 35
    T4 36 45
    T5 46 55
    T6 56 66
    T7 67 75
    T8 76 85
    T9 86 127

    Até 16. Sim, porque estes novos teclados possuem 16 "layers", diferentemente dos obsoletos teclados que só tinham 4 "layers".

    E sendo:

    V.L = Velocity Range Lower e V.U = Velocity Range Upper

    Isto significa que você tem hoje não apenas um único "aftertouch" e sim, 16 diferentes e customizáveis "aftertouchs" via software e não via hardware (sujeito a problemas) e num teclado mais confiável e mais leve.

    O mesmo se aplica ao Yamaha MODX e ao Korg Krome.

    Abraços.

    fernando tecladista
    Veterano
    # dez/21
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    Nunca comentei nada sobre tal função aftertouch pois pra mim é uma função HOJE inútil,

    eu usei poucas vezes
    no 01/w eu deixei com bend de -1 para tocar os timbres de guitarra e de sax
    para usar nos solos, como eu tocava sozinho, a esquerda ficava em outro teclado e controlava volumes, a codução de fill, partes A B... dos outros teclados
    alguns timbres mais eletrônicos eu deixei abertura de filtro ou aumento de efeitos
    --------------------
    no G1000 por ser arranjador eu posso deixar que ao pressionar eu acione as viradas ou mudança de partes... mas não funcionou a ideia e acabei deixando desativando a função

    nos outros nem acabou usando

    Synth-Men
    Veterano
    # jan/22
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    Eu curto AfterTouch.

    Não é uma função vital. Seu uso depende muito da imaginação, necessidade de otimizar ou adicionar recursos e prática. É uma função atribuível extra.

    Não avalio recursos/funções comparando-os com outras alternativas diferentes ou semelhantes. Isto por que este tipo de comparação exige muitas explicações para coisas em comuns muito mínimas nas conclusões

    A Ferrari e o fusca levarão o condutor ao mesmo lugar. São o mesmo produto, mesma função, porém modelos diferentes, com benefícios diferentes e experiências de uso diferentes. Ainda assim podemos compará-los. Ambos são carros. Já não poderia compará-los com um avião, que é outra alternativa, a não ser no tempo que ambos chegariam ao mesmo destino. Uma conclusão precisa, mas mínima.

    Aftertouch e o velocity são funções diferentes. Não tem aftertouch, o velocity atribuível é uma alternativa. Um é pós toque e o outro durante o toque.

    Tentarei explicar apenas para os leigos. Quem já o sabe, guarde o que tem, não carece absorver.

    Corriqueiramente falando (sem termos técnicos), o Aftertouch é uma função semelhante a um botão do painel, só que acionado a partir das teclas, após uma nota tocada, pressionando-a propositalmente um pouco mais fundo durante a performance. Independente do seu nível de atuação (pouco ou muito) de 0 a 127, que poderá ser definido e fixado durante programação do item específico atribuído pelo usuário. Em notas específicas, zonas ou todo o teclado. Pode ser layer, filtros, efeitos, LFO, expressões diversas, tudo após a tecla pressionada. O nível será sempre o mesmo programado ou padrão de fabrica.

    O Velocity trata-se de um cálculo que o teclado faz, para reproduzir o som de acordo com a força exercida sobre as teclas, de forma instantânea e não pós o toque. É o que popularmente chama-se de sensibilidade das teclas ou teclas sensitivas.

    Atua em tempo real e não após o toque. Seu nível de atuação de 0 a 127 é calculado de acordo com o tipo de velocidade que os dedos acionam as teclas e isto faz com o que o teclado classifique a força do toque(nível de atuação). Fraquíssimo, muito fraco, fraco, forte, muito forte, fortíssimo. Onde 0 é sem ação, 1 fraquíssimo e 127 fortíssimo.

    São exatamente nestes níveis dos tipos de força que a tecnologia de hoje (e antes) utiliza para atribuir algumas funções no velocity como layer, LFO, efeitos, filtros, em notas específicas, zonas ou todo teclado. Porém junto a seu nível de sensibilidade sobre as teclas e não após aciona-las.

    Um recurso deve ser avaliado por seus benefícios, vantagens, desvantagens, bônus e ônus. Não por outras alternativas. Caso contrário todos os inventos que existem são inúteis.

    A exemplo uma pessoa pode sair de Manaus para Porto Alegre de avião, ônibus, canoa, cavalo ou a pés. O fato dela ir a pés, não faz do avião inútil. Escolher uma alternativa, não cancela os benefícios de outros inventos, bens, funções, modos de uso ou serviços. O indivíduo usa ou não usa, conhece ou não conhece.


    Vantagens:

    - Sua maior vantagem é não retirar as mãos das teclas para acionar no painel efeitos e modulações durante a execução da performance.

    - A segunda é não ocupar os pedais de expressões e funções, liberando-os para outras atividades de controle, como troca de patches no teclado mestre ou secundários, disparo de trilhas e sampler, troca de canais e outros efeitos e modulações primários ou secundários.

    - Terceira vantagem é liberar o velocity apenas para expressão ou layer sem a preocupação de errar e ensaiar exaustivamente, em qual nível de força está o timbre B e em qual nível de força está apenas a modulação do timbre A.

    Quarta vantagem é muito mais fácil controlar mudanças no aftertouch que no velocity. Principalmente no aftertouch polifônico.

    Quinta vantagem é que este recuso torna-se por natureza uma matriz secundária de expressão e efeitos, quando se pode atribuir funções simultâneas a ele. Tudo sem tirar as mãos do teclado ou acessar o painel enquanto toca.

    Desvantagens:

    - Aumenta muito o custo dos teclados
    - Aumenta o custo de manutenção e reposição de peças
    - Teclados, módulos e sequenciadores que não recebem ou transmitem os dados MIDI da função, não representará as expressões programadas.


    Sobre o recurso:

    É um recurso que aumenta muito o custo dos teclados em hardware software. Hoje com os controles de velocity que existem, aftertouch não faz falta.

    Tanto faz ser aftetouch por canal ou polifônico. É um recurso que agrega custos a produção.

    Os timbres hoje são super articulados e mais realistas possíveis. E muitas vezes não precisa mais que os níveis de atuação do 0 a 127 do velocity para serem executados. Alguns dispensam até o velocity, atuam articulado mesmo com o velocity em off.

    Hoje os teclados estão auto-inteligentes quanto ao uso do velocity atribuídos a outras funções além de layers, modulações por expressividade ou zona do teclado.

    Aftertouch carece de entender dos recursos, aplicação, programação e bastante prática do usuário. Não precisa estudar em Havard e pós graduar em Princeton para isto, mas é necessário algum esforço e empenho para a performance dar certo. É muito mais fácil controlar efeitos no aftertouch que no velocity mesmo nos dias de hoje.

    Fazer o que se faz no aftertouch com o velocity, demandará mais ensaios, tempo de programação e treinamentos em suas performances. Se tocar mais fraco ou mais forte na hora errada ou sem querer, sai o que você não quer, na hora que não era para sair.

    Se a curva de dinâmica e resposta do velocity forem alteradas, as atribuições dadas ao velocity também serão alteradas. Juntamente com a sensibilidade do tecladista.

    No aftertouch só sai se você afundar a tecla pós toque. Não importa o nível de força e rapidez. Muito mais seguro e menos trabalhoso que o velocity.

    Em um Workstation de hoje não faz falta nenhuma, apenas algo extra. Mas em um controlador MIDI, sintetizador VA ou analógico raiz, é um bom algo a mais. Porém não é vital.


    Motivos para o aftertouch não fazer falta:

    Um dos fortes motivos é que as matrizes DSPs de hoje suportam vários efeitos e modulações simultâneos, somados ainda a três ou quatro efeitos de saída. Antes eram utilizados racks de efeitos externos, filtros, modulações que eram acionados via MIDI pelo aftertouch para superar estas compreensíveis limitações tecnológicas de época.

    Outro forte motivo é que equipado com 10 ou 9 slides atribuíveis você controla muito bem efeitos e timbres independentes de um layer, combi, etc. Porém tem que tirar uma das mãos para aciona-los.

    Efeitos, expressões e modulações podem ser feitos diretamente nas DAWS após o sequenciamento, no trecho ou nota de forma isolada.

    É provável que aftertouch torne-se algo raro nos midlevels.

    Muitos acham aftertouch irrelevante ou inútil. Não sou defensor, mas creio que uma função de um aparelho se faz inútil, quando este apresenta algum recurso fora do contexto da finalidade deste aparelho. Caso contrário a ação do indivíduo sobre a função que é inútil. A exemplo o D-Beam da Roland.

    Abraços a todos.

    TrebleH
    Veterano
    # jan/22
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    FELIZ ANO NOVO GALEEERA

    sereanes

    Obrigado pela menção meu caro... fico feliz de poder aprender com vocês :)

    Eu tenho uma visão um pouco mais parecida com a do Synth-Men nesse caso, porque, por exemplo, isso vai muito do que o cara faz com o teclado. Claro que hoje há muito mais recurso que antigamente (layers, inserts, filtros e, especialmente, controles), não sendo o aftertouch algo tão essencial. Porém, a proposta dele é um pouco diferente da do velocity e, particularmente, eu usava bastante para modificar uma expressão de um metal (fall ou tremolo, por exemplo) ou mesmo para modificar algum LFO, Filtro de frequência de um synth etc. Claro que dá pra usar knobs e faders, mas ter isso nas teclas aumenta mais a expressão (tanto que vemos claramente como isso tudo muda em um controlador da Roli, por exemplo).

    Sobre o preço, eu ainda não acho que há uma justificativa, muito plausível, pois o sensor de pressão utilizado era, com raras exceções, do tipo channel aftertouch, aplicando a mesma variação de pressão a todas as teclas. Com isso, bastaria ter uma "régua" simples de dois contatos para alterar o som, diferente da régua das teclas, que tem que ter vários contatos por tecla, além de diodos, resistores etc. Então, acho que é mais pra forçar o cliente a comprar algo top mesmo, na minha opinião. Mas, como o vocês mesmo disseram, tem muita coisa que dá pra ser usada para substituir o aftertouch..
    Desculpem o textão heheehe

    sereanes
    Membro Novato
    # jan/22
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    Synth-Men, Feliz Ano Novo.

    Mais concordo do que discordo com suas colocações, mas deixarei para 5a. feira para pontuá-las. Hoje estou meio pregado. E, amanhã, estou com o dia cheio.

    Mas, tem um ponto que gostaria de comentar. Quando você diz que: "Os timbres hoje são super articulados e mais realistas possíveis. E muitas vezes não precisa mais que os níveis de atuação do 0 a 127 do velocity para serem executados. Alguns dispensam até o velocity, atuam articulado mesmo com o velocity em off", você foi muito inteligente, como sempre, e usou a expressão "Alguns". Sem declinar quais, fica difícil entabular um diálogo. Mas, posso te afiançar que nos teclados Yamaha recentes, tais como Montage, MODX e PSR-SX, que se utilizam do recurso SuperArticulation, esta afirmação não é verdade.

    Também, você usou uma expressão curiosa, a saber: "Hoje os teclados estão auto-inteligentes". Esta é curiosa, hein?

    Abraços.

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