Quanto pior a música, mais sucesso faz.

Autor Mensagem
Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# set/17
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sandroguiraldo
"...quem movimenta o comércio de instrumentos é basicamente músico de igreja..."
Aqui no Rio esse segmento é o que mantém as lojas de música hoje em dia também...
Abç

Buja
Veterano
# set/17
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"...quem movimenta o comércio de instrumentos é basicamente músico de igreja..."
Aqui em BH é isso pra menos. Quando voce procura alguma coisa no mercado de usados e pergunta o dono onde ele usou o instrumento/equipo, ele diz: na igreja.

Quase tudo que se pega aqui já passou no auditorio de alguma entidade religiosa. Certa vez passei no horario de almoco numa loja de instrumentos, já fui logo chamado de 'irmão'.

Querendo ou não, é igreja que ainda investe em instrumentos e equipos no brasil, principalmente os de custo mediano.

Pleonasmo
Membro Novato
# set/17
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Querendo ou não, é igreja que ainda investe em instrumentos e equipos no brasil, principalmente os de custo mediano.

Fico feliz de não fazer parte do ramo de venda de instrumentos, do rock ao gospel, muito triste.

Lelo Mig
Membro
# set/17 · Editado por: Lelo Mig
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sandroguiraldo
Mauricio Luiz Bertola
Buja

Toquei em bares (décadas de 80-90), muitos anos. E, dadas as devidas proporções, era bastante parecido com "músico de igreja".

Hoje, vejo que os espaços estão muito reduzidos. Quem não frequenta uma religião acaba não tendo opções.

Além de que, esta vida nos bailes e bares da vida, deixavam o músico muito eclético.

Tudo esta muito "encaixotado" em padrões hoje e vejo poucas opções.

sandroguiraldo
Veterano
# set/17
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Lelo Mig
Você exemplificou perfeitamente. O que antes era relativo aos músicos de bar (instrumento, ecletismo, técnica etc.) hoje se vê nos músicos de igreja.

Hoje, vejo que os espaços estão muito reduzidos. Quem não frequenta uma religião acaba não tendo opções.


E diferente do que acontece com o pessoal de sertanejo, o músico de igreja na maioria esmagadora dos casos não ganha nada pra tocar.

Deji
Veterano
# set/17 · Editado por: Deji
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O que vou escrever vai soar áspero, mas vamos lá:
No Brasil o músico da "moda" tem duas funções:
A puta e o bobo da corte.
Traduzindo: Ou a mulher que rebola, ou o cara ridículo/engraçado ("safadão", letras de corno, etc...)
Não sou contra a existência desses artistas, sou contra a existência de somente deles e cultura que desvaloriza o talento de um poeta, de uma boa voz, de um arranjo com alguma complexidade.

Buja
Veterano
# set/17
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Deji
sou contra a existência de somente deles e cultura que desvaloriza o talento de um poeta, de uma boa voz, de um arranjo com alguma complexidade.

Quem decide isso é o publico. Se o publico gosta de poota e bobo da corte, nao vai ser tocando rolinstones que eles vao ganhar dinheiro.

Deji
Veterano
# set/17
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Buja
O público não decide nada, o público é direcionado.

Pleonasmo
Membro Novato
# set/17
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Deji
O que vou escrever vai soar áspero, mas vamos lá:
No Brasil o músico da "moda" tem duas funções:
A puta e o bobo da corte.
Traduzindo: Ou a mulher que rebola, ou o cara ridículo/engraçado ("safadão", letras de corno, etc...)
Não sou contra a existência desses artistas, sou contra a existência de somente deles e cultura que desvaloriza o talento de um poeta, de uma boa voz, de um arranjo com alguma complexidade.


O público não decide nada, o público é direcionado.

Exatamente, assino embaixo.

Lelo Mig
Membro
# set/17 · Editado por: Lelo Mig
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Buja

Cara, o que vou dizer aqui, não é sonho não, é realidade: Quando eu era adolescente, em meados dos anos 70, ouviamos música em rádios.

- Tinha um programa só de Blues, na Eldorado.
- Tinha Soul Music e Rock no programa do Big Boy.
- Tinha 24 hs de musica erudita na Cultura.
- Tinha só rock progressivo no programa Jacques e o Caleidoscópio.
- Tinha só rock num programa que chamava "hora maldita".
- Tinha um programa de samba chamado "raizes do samba".
- Tinha um programa de Funk e Black Music.

Alem disso tocava muita MPB, programas "jovens" tocando Pop Inter.... Baladas Românticas e Flash Backs tocando Elvis, Beatles e etc. E tocava muita porcaria também...

Tudo isso para dizer:

É mais facil "decidir" quando voce tem opção... Quer dizer, pode não ser mais fácil, mas é melhor.

Buja
Veterano
# set/17
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Lelo Mig
Isso, se é que existe hoje, voce acha as 2 da manhã. Talvez. Good Times, Antenna 1!

fernandotieppo
Membro Novato
# set/17
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Sucesso é algo completamente relativo... se o que espera é ser vendido para as massas então dificilmente você verá algo complexo e bem trabalhado, sempre foi assim ao longo da história, no caso da música pro povão o menos é mais e as tendências sempre mudam, cada década, cada época, sempre tem mudanças, sempre tem diferença e é sempre algo que domina.

Outra questão é que hoje é muito mais fácil e acessível ser "músico", o conhecimento e o ouvido foram substituidos pelas cifras e video-aulas. Isso é ruim? Não, muito pelo contrário, mas é algo que prostituiu e muito a música, o talento foi substituido por um rostinho bonito e muitos artistas talentosos dão prioridade à fortuna pra depois realmente trabalhar no que gostam.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# set/17
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Lelo Mig
Cara, o que vou dizer aqui, não é sonho não, é realidade: Quando eu era adolescente, em meados dos anos 70, ouviamos música em rádios.

- Tinha um programa só de Blues, na Eldorado.
- Tinha Soul Music e Rock no programa do Big Boy.
- Tinha 24 hs de musica erudita na Cultura.
- Tinha só rock progressivo no programa Jacques e o Caleidoscópio.
- Tinha só rock num programa que chamava "hora maldita".
- Tinha um programa de samba chamado "raizes do samba".
- Tinha um programa de Funk e Black Music.

Alem disso tocava muita MPB, programas "jovens" tocando Pop Inter.... Baladas Românticas e Flash Backs tocando Elvis, Beatles e etc. E tocava muita porcaria também...

Tudo isso para dizer:

É mais facil "decidir" quando voce tem opção... Quer dizer, pode não ser mais fácil, mas é melhor.


Pois é Lelo Mig, os mais jovens hoje não tiveram contato com esta Realidade...
Abç

brunohardrocker
Veterano
# set/17
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Músico é um profissional como outro qualquer e tem que trabalhar como qualquer pai de família.

Trabalhar e relaxar.

acabaramosnicks
Membro Novato
# set/17
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Não lembro quem foi que postou no fórum uma vez que há a música como arte e há a música como entretenimento (produto). Concordo plenamente. E digo mais: na verdade o negócio pode ser meio nebuloso e ter áreas cinzentas ao invés de ser somente uma dicotomia; deve-se saber discernir entre um e outro, se não souber, corre o risco de fazer comparações idiotas. Uma coisa tem um objetivo e uma expectativa, não tem nada a ver com a outra coisa.

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