Guitarras Dunamiz - Skillfully Handcrafted!

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Drinho
Veterano
# jun/15
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Mas sei de alguns segredos guardados ali para chegar naquela sonoridade e muito sinceramente... Estou chocado até hoje.


o.O


se eu pedir pro cara uma strato ele vai por os segredos nela?

MMI
Veterano
# jun/15
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Drinho

É do interesse deles fazer o melhor instrumento possível dentro das especificações que você apresentar. Talvez você não fique sabendo porque seu instrumento soe diferente, mas os segredos estarão ali. Eu sei de algumas coisas, só que não falo no FCC nem amarrado com uma arma na cabeça.

MMI
Veterano
# jun/15
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Hammer

Projeto conjunto? ja nao to entendendo mais nada...

Cara, eu estava olhando umas páginas atrás e achei esta pergunta. Com uns meses de atraso, lembrei de um projeto conjunto famoso de archtop (a cabeça já está demorando para "pegar no tranco" e lembrar das coisas). Fui pesquisar a achei, é o Zeidler Project. Desculpe colar o texto a respeito, mas você vai conseguir ler que eu sei... rs

#ISI1367, in quilted maple and Adirondack spruce top, with a white Calton case. Mandolin Brothers, Ltd. has been chosen by the builder group to present this unique guitar to the world.

All of the proceeds of the sale will benefit the family of one of our most honored suppliers: the late Master Guitar Builder, John Zeidler. Here’s the background: “When fourteen of the world’s finest guitar makers decided to honor and support a colleague, they produced a unique and remarkable instrument - The Zeidler Project guitar. J. R. Zeidler was well known in the community of archtop makers. His instruments, and the man himself, were greatly respected by players and his peers. When he was hospitalized with acute myelogenous leukemia, undergoing debilitating and expensive therapy, his fellow builders came together in support. They decided to make a collaborative guitar incorporating many of Zeidler’s touches and even using wood he chose. The guitar will be sold to defray some of John’s medical expenses, and to help his family.” The Zeidler Project was coordinated by the Canadian luthier, Linda Manzer. It was a spirited, bold project - never before had a group of so highly respected instrument makers attempted such collaboration. Manzer said, “This was a chance for the archtop guitar building community to come together and focus all our skills on this one instrument to help our friend, John, and his family. These builders were just incredible to work with and we were all honored to be part of this truly unprecedented event. It was a very emotional and truly amazing experience. The end result is a guitar imbued with our collective spirit.” The entire group, paying tribute to Zeidler’s style and preferences, worked out details of the design. The guitar traveled across the continent to the shop of every builder - each of them adding his or her own touch to it, then passing it to the next builder.

The soundboard, carved by John Monteleone, is Adirondack (red) spruce chosen by Zeidler at the beginning of the project. Tom Ribbecke carved the maple back, also provided by Zeidler. The rim/frames/sides were bent by Steve Andersen who also attached the top and back to the sides. Steve Grimes made and installed the koa binding; John Buscarino made the neck. Mark Campellone detailed the headstock and added binding to the fingerboard and headstock. Bob Benedetto and several others carved the neck. Ted Megas did the fretwork. Bill Comins provided the fingerboard and made the tailpiece, using a Buscarino-supplied hinge. The pickguard was designed by Bill Collings and Paul Smith, the tailpiece by Bill Collings and Matthew Needham. The pickguard and tailpiece on that guitar were designed by Bill Collings and Paul Smith. Mark Lacey made the truss rod cover, “Z” peghead inlay and nut. Linda Manzer made the bridge, and also the original body mold with assistance from Tony Duggan-Smith. Tom Cerletti applied highly unusual gilding to the headstock that was especially requested by JR - the headstock appears to be kaleidoscopic - hypnotic -- refracting color and texture in ways that no headstock has, to date, done. The guitar then went to Richard Hoover of Santa Cruz Guitars, with assistance from Addam Stark and Stephen Strahm). Al Williams of Calton Cases of Canada supplied the professional travel case that houses the instrument. Professional photos were taken and donated by John Peden.


In case you're wondering, the scale length is 25.5" nut to saddle; the width of the nut at the first fret is 1 3/4" and the string spacing (E to E) at the bridge saddle is 2 1/8th".

What a collection of signatures are found inside this instrument! Their individual waiting lists are often years long; their output limited -- yet they all took time to contribute to this project. John Monteleone says, “It’s kind of an impossibility that this could happen. Just the concept of pulling all these people together, who had the highest regard for each other and for John. We all felt very close to him, attached to his sense of style, his natural abilities.” “A wonderful tribute to one of our finest” says Bob Benedetto. The result is an instrument that surpasses all expectations,” Linda Manzer reflected. “There was a magical thing happening as it was passed from builder to builder. Many of them wrote to me telling me how special it felt to have it in their shop and to be able to do this for John and his family.” J. R. Zeidler would approve it. He discussed the project with many of the builders and lived to see it partly completed. He died while the project was underway. The funds raised from this guitar will go to his family.”

Mandolin Brothers, on behalf of the consortium, seeks to find an individual buyer (or business, or museum, or a music café) that would wish to own, and perhaps display to the public, perhaps take on tour (send around to all of its cafés?). Or perhaps (if the buyer would so wish) it could be loaned to the world’s finest archtop musicians to perform or record with, a buyer who will embrace the instrument, as we all have, and join us in celebrating joy and jubilation in the commemoration of the life of one of the one of the finest fretted instrument crafters the world has ever seen.

Our Price by Wire Transfer of Funds (only) is $100,000.00.
(fonte)

Aqui tem outra descrição, mas com uma foto.

O meu seria um Zeidler Project bem mais simples e modesto, tupiniquim.

Drinho
Veterano
# jun/15
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Eu sei de algumas coisas, só que não falo no FCC nem amarrado com uma arma na cabeça.


Me desculpe se eu parecer invasivo ou até mesmo infantil insistindo nesse assunto......
Mas porque é algo tão secreto assim?

MMI
Veterano
# jun/15
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Drinho

Tem gente no fórum que diz que não tem segredo. Tem gente que diz que madeira não faz diferença. Tem gente que diz que SX é melhor que Fender. Ok, você foi lá, outros colegas foram lá e viram que aquilo ali tinha algo diferente, que tinha mais som que as Fender tops. Sim tem algo diferente.

O que é diferente? Bom, o Edu Fullertone vem estudando há anos captadores e tem suas manhas. Tem gringo pedindo assessoria a ele. Mas não é só uma questão de captadores, pois o mesmo set foi colocado em outras guitarras e não ficou nem próximo. Algumas coisas eu sei e podemos conversar fora do fórum se você está se contorcendo de curiosidade. Só que é muita sacanagem eu deixar público uma conversa pessoal que tive com o pessoal, contando o que eles a muito custo conseguiram descobrir. Não é justo. Se você for lá e eles te contarem tudo e te liberarem para postar onde bem entender todos os detalhes, não tenho nada contra. Todavia, não vai partir de mim, não vou "furar os zóios" deles. É o mínimo de respeito ao "segredo industrial" que eles adquiriram.

Posso te dizer que eu tenho aqui uma das principais fontes desses segredos, uma das origens. Só que também não vou publicar no FCC, desculpa. Só adianto que aqui, na minha mão, eu jamais iria suspeitar - precisa de aparelhos, curiosidade científica nos detalhes, olho vivo e faro fino. Eu deixaria passar.

boblau
Veterano
# jun/15
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MMI

aula de respeito... hehehehe.... só para poucos....

a grande verdade é que segredos, percepções, tecnologias, know-how, realizações precisam de uma coisa que não é muito valorizada:

experiência - não só experiência no sentido do tempo, mas a experiência envolvida no desenvolvimento.

Trabalho há 28 anos no mesmo segmento e ainda engatinho. E trabalho com meu pai que está há 57 anos no mesmo segmento e também engatinha. Ele chegou a vice presidente de uma empresa multinacional de 5500 funcionários durante 30 anos que dava mais lucro aqui do que na Alemanha. E não conhece tudo, nem perto.

Portanto, na minha opinião, os segredos guardados, mesmo que divulgados, pouca efetividade terão na construção de um instrumento por um leigo. O demônio mora nos detalhes e estes são quase impossíveis de serem revelados, pois quem tem experiência, normalmente esquece de revelá-los pois estão intrínsecos às execuções. É como uma cozinheira que revela sua receita secreta. Não tem cristo que consegue depois fazer igual, pois sempre faltam detalhes que ela esqueceu de colocar na receita.

Mas vc está certíssimo - não cabe a vc julgar se um segredo de alguém a ti revelado, deve ou não ser revelado. Foi confiado e deve ser mantido.

Se bem que Benjamin Franklin escreveu uma frase sensacional:

Três pessoas são capazes de guardar um segredo, se duas delas estiverem mortas....

EduJazz
Veterano
# jun/15
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Existe um risco seríssimo de, se eu conseguir vender uma outra strato que tenho aqui, encomendar a segunda Dunamiz... aguardemos!

MMI
Veterano
# jun/15
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boblau

Te agradeço, fiquei contente com suas palavras. Na verdade sei que estava sendo meio antipático e contrariando pessoas, mas não foi minha intenção chatear, em especial o Drinho.

Veja, já expliquei antes que isso foi uma pesquisa sobre as melhores guitarras vintage associado a uma curiosidade até científica e talento para estudar e reproduzir resultados. Não é simples, em especial no Brasil que tudo é mais caro, mais difícil, tem muito menos vintages no país e o acesso é difícil.

Stratocaster é um modelo de guitarra dos mais simples, junto com a telecaster. Qualquer pessoa que entra num curso de luthieria sai com um desses modelos construídos, é assim que se começa. Qualquer pessoa que seja um luthier de guitarras sabe fazer. Grosseiramente falando, dá a sensação que na China apertam um botão e pulam 500 stratos das máquinas em qualquer fábrica de guitarras deles. Mesmo no Brasil, tem trocentos caras que fazem. Todo mundo faz. Daí aparece uns carinhas numa tal de Dunamiz que todos que tocaram nela disseram, no mínimo, que era uma strato melhor que a deles.

Aí já está o segredo, o caminho das pedras que eles seguiram. Talvez seja a galinha dos ovos de ouro deles num futuro, não sei. Espero que seja, merecem muito mais sucesso que hoje tem. Quer descobrir o que é? Talvez eles contem, eu sei de alguma coisa a mais talvez, mas é basicamente isso. Quer descobrir por si?

Bom, arrume um monte de stratocasters vintage, pegue as melhores, que soem mais legais e consigam a autorização para desmontar e dissecar cada segredo que tem ali dentro. Tem coisa acidental, porque na época não tinha uma padronização tão grande, não tinha CNC. Mas precisa de uma mente investigativa, achar os segredos, desconfiar de tudo, olhar os detalhes. Vamos dizer que o cara consiga a autorização de desmontar todas as guitarras vintage que encontrar. Digamos... O cara pode ir na loja especializada em stratocaster (só tem isso) que é mais legal do mundo, no Japão, podendo testar tudo, desmontar e fazer o que quiser nelas (impossível, né?). Não vai ficar sabendo de tudo, mas vai ter várias ideias. Daí construa, monte teste ideias, teses e suposições. Isso seria muito fácil, o caminho deles foi mais difícil, no Brasil, sem sair, conseguindo até o respeito de gente lá de fora. Mas se um luthier quiser descobrir, está aí um caminho. Tem anos que eu brinco com o Felipe que ele ficava caçando gnomos nas melhores stratos para achar a mágica.

Hoje eles fazem um produto melhor, comprovado por todos que tocaram na guitarra. O pouco que eu sei, não é justo contar de graça o que eles se esforçaram muito para descobrir e ter um produto diferenciado. E, de novo, é diferenciado e comprovado por 100% de quem tocou nela.

Fora isso tudo, tem coisa que não se conta num fórum de guitarra. É desnecessário. Digo isso de coisas que eu pessoalmente prefiro guardar para mim, posso falar com amigos reais e virtuais, mas não num fórum. Essa é a real. Não estou falando de gnomos.

Desculpem. Abraço! :)

Drinho
Veterano
# jun/15
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Te agradeço, fiquei contente com suas palavras. Na verdade sei que estava sendo meio antipático e contrariando pessoas, mas não foi minha intenção chatear, em especial o Drinho.


Não, magina.,...


Pelo amor de Deus....


Realmente o instrumento do pessoal é show como constatamos em visita....
Mas pensei que era um bom instrumento porque são bons luthieres e simplesmente constroem com padrao de qualidade e etc...

Nem imaginava que haviam truques especiais que fossem decisivos para aquele resultado.

Nos falamos sim!

Abraço!

Drinho
Veterano
# jun/15 · Editado por: Drinho
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EduJazz

Então cara você pegou uma lespaul com eles né?

Quando eu fui lá só tinha strato e tele.... inclusive além da strato branca, uma tele toda de jacarandá cascuda demais.....

A lespaul deles é nessa onda também? violenta?

porque de olhar a foto das lespauls deles, parece que eles manjam até mais de lespaul do que de strato.....

Hammer
Veterano
# jun/15 · Editado por: Hammer
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EduJazz
vlw... talvez o peso não seja defeito... acho que faz parte das les pauls...
e deixa de ser marica ahahah...
eu particularmente prefiro uma les paul pesada mas que tenha um som encorpado que uma les paul leve sem essa caracteristica...


MMI
Obrigado pelo texto... em especial pelo tempo que vc despende em responder duvidas alheias...
Estou aqui pulando de galho em galho....tentando assimilar as coisas...rs
A verdade é que Archtop é um mundo muito distante pra mim...
Saberia me dizer qual a relação da Mandolim brothers com o John Zidler?
Conhece as guitarras do Gil Yaron? oq achas?

Hammer
Veterano
# jun/15 · Editado por: Hammer
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EduJazz
agora tem umas coisas que me deixam com a pulga atras da orelha...
sempre fui fã do som grave e encorpado das les paul, e nunca curti muito os weight relief , menos ainda do corpo chambered.. Tive a oportunidade de testar uma traditional e uma standard chambered e gostei mais da traditional, me pareceu com o som mais encorpado ...(pode ser tb a diferença nos captadores, não sei...) ...
Agora fiquei intrigado quando ouvi o som dessa guitarra do Gil Yaron que é chambered... Agora tem que levar em consideraçao que dizem ser um grande luthier e o cara que toca tb é fera...

https://youtu.be/rCbakPAkeuA,

EduJazz
Veterano
# jun/15
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Drinho

Cara, o Felipe me parece ser mais fã de Les Paul do que de Strato, daí o que você vê nas imagens...

Eu to na outra ponta, deles só toquei a LP! Tenho curiosidade pelas Strato, tanto que to na pilha de encomendar uma. Agora, vc pergunta se a minha é violenta, eu te respondo sem a menor cerimônia: se violência é o parâmetro, ela é o Estado Islâmico. Sei que pode parecer tendencioso, porque a guitarra é minha, mas são poucas as Les Pauls que eu já toquei que se aproximam (e ando tocando em diversas).

A paixão que eles tem pelo detalhe é admirável. As imagens de fato não fazem justiça à beleza da guitarra, ele conseguiu construir o braço mais perfeito para a minha mão só com base em conversas... E o som é aquela coisa: Edu Fullertone Pickups.

Em suma, se vc é de SP, fique de olho no FB deles e, quando notar uma LP pronta, vai lá testar. Na minha eu encontrei o que não havia encontrado nas Gibsons que passaram na minha mão.

Hammer

Quando do processo de fabricação da minha guitarra foi um assunto que debati bastante com o Felipe. De acordo com o próprio, a influência no timbre não é grande. Inclusive, ele se propôs a fazer na minha, e eu não quis por purismo. Essa discussão é antiga, e eu sinceramente não consigo notar a diferença.

A grande questão é: se for fazer, que faça bem feito!! O peso dela me incomodou um pouco no começo, mas hoje levo um show só com ela na boa!

Essas do Gil Yaron parecem muito legal. Falam muito dela na net, como se fosse o elo perdido entre Deus e a guitarra.

MMI
Veterano
# jun/15
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EduJazz

Depois escrevo com mais tempo para o pessoal, mas só para dizer uma coisa... A especialidade da casa é a Les Paul, depois a tele. Até bem pouco tempo, a verdade era que o Felipe não gostava de fazer strato. Mas estudar, procurar informações, disso ele gosta e o levou a outras vertentes também, assim como a strato. A Les Paul deles, que é o prato da casa, sai melhor que a média das Gibson Reissue. As Teles são boas, valem a pena, são acima da média. A 335 que nosso amigo daqui pegou é fenomenal. Mas acho que hoje, tirando a 335 que foi a única, na média deles o que tem mais mojo, aquela mágica surpreendente, é a Les Paul e a strato. o.O

Nefelibata
Veterano
# jun/15
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EduJazz

Mandei uma mp!

Abraço

EduJazz
Veterano
# jun/15
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Hammer

Outra coisa, vi esse vídeo do Pete Thorn. Não tenho a menor dúvida de que é uma guitarra sensacional, mas não sei se as Dunamiz (a minha inclusive) perdem não viu.

Inclusive, isso é algo que falta pra Dunamiz. Um puta de um vídeo propaganda, feito com amps tops, gravado de forma extremamente profissional. Já pensei (e ainda penso) muito em fazer um review detalhado da minha, em vídeo. Mas até que ponto ajudaria?? Tenho pouco equipamento pra gravar, não tenho uma sala tratada...

EduJazz
Veterano
# jun/15
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Nefelibata

Opa, verei!

MMI

To planejando uma ida a SP em breve. Quero passar na oficina deles com calma, trocar ideias, e, quem sabe, sair de lá com uma strat encomendada. Quero algo definitivo.

rafael_cpu
Veterano
# jun/15
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EduJazz
MMI
Drinho

Poxa, vocês atiçam a G.A.S. de qualquer... e ao nível máximo!
Hahahahaha
Hahahahaha

Até eu, fã confesso de superstrato, estou pensando em adquirir uma guitarra com eles... rsrsrs.

T+

MMI
Veterano
# jun/15
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Drinho

Realmente o instrumento do pessoal é show como constatamos em visita....
Mas pensei que era um bom instrumento porque são bons luthieres e simplesmente constroem com padrao de qualidade e etc...
Nem imaginava que haviam truques especiais que fossem decisivos para aquele resultado.

São bons luthiers, tem um padrão de qualidade porque tem suas técnicas, habilidades e artimanhas. Sacou?

A lespaul deles é nessa onda também? violenta?

A Les Paul deles é violentíssima. Só para você ter uma ideia, foi medir forças com uma 58 original e o dono cravou: pau a pau. Isso não é para reissue normal não.

Hammer

Saberia me dizer qual a relação da Mandolim brothers com o John Zidler?
Conhece as guitarras do Gil Yaron? oq achas?

Mandolim Brothers é uma das mais tradicionais lojas de instrumentos que existem. Não foi a toa que essa foi a loja que ficou com a tal guitarra. A relação em si não sei dizer, mas com certeza se conheciam, como conhecem todos esses fabricantes que participaram.

Gil Yaron... Esse é um cara que estudou obsessivamente as burst vintage, mais até que os caras da Dunamiz (talvez por ter mais acesso, não sei). Como eles, coloca ali muitos detalhes e segredos que encontrou no caminho, o que é algo bom. Mas é um cara tão fora do circuito (Israel, né?) quanto os brasileiros da Dunamiz. Mas ele postou e fez sucesso num fórum gringo... Ou seja, ele é bom de marketing, pelo menos nesse quesito é melhor que os da camiseta canarinho. No projeto dele, que tem muitos méritos sem dúvida nenhuma, ele tenta valorizar todos os detalhes por mais insignificantes que possam existir. OK, o segredo está nos detalhes, concordo, mas ali também tem uma hype de ter segredo na rebimboca da parafuseta que ele trouxe de Marte. Um pouco dele, um pouco dos usuários do fórum gringo originário, um um monte dos 2 caras brasileiros que possuem guitarras dele e querem valorizar ao máximo o produto. Um deles é um colecionador que abertamente investe (investimento mesmo, com objetivo de valor de revenda futura) em guitarras, nem tanto para tocar e curtir a coisa algumas vezes. Esse cara quer muito valorizar aqui no Brasil a sua Yaron, então cuidado (por exemplo, ele tem Fender Yuriy Shishkov, daquelas absurdas - tenho uma história recente de uma dessas, se quiserem eu conto, da Pine Cone). Mas vale dizer uma coisa: este mesmo sujeito dificilmente bota dinheiro em luthiers nacionais, mas escolheu 3 para fazer instrumentos bem tops - João Scremin, João Cassias e Dunamiz. O que vale dizer que é um especialista apostando em instrumentos de altíssima qualidade (que ele tem todo o parâmetro) e aposta numa grande valorização. Atenção...

Enfim, o Yaron é bom de guitarra e bom de marketing. Não juro que os segredos dele são tão superiores aos segredos da Dunamiz, a que foi comparada com uma original chegou nela. (?)

Agora fiquei intrigado quando ouvi o som dessa guitarra do Gil Yaron que é chambered...

Eu juro que o fato de ser chambered não desqualifica uma guitarra. Depende de quem faz, como faz, para que faz. Mas não taxa de guitarra ruim que você vai quebrar a cara.

MMI
Veterano
# jun/15
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rafael_cpu

Então leia meu post anterior, para se acalmar. hahahahahahha

EduJazz
Veterano
# jun/15
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rafael_cpu

Pra atiçar ainda mais sua GAS: eles fazem superstrats muito legais. Recentemente fizeram uma estilo Charvel muito bonita.

Hammer
Veterano
# jun/15
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MMI
gostaria de ouvir se puder nos agraciar ...

longe de generalizar, mas sempre pensei que o corpo oco desfavorecesse o som encorpado... tendo em vista que a std que testei senti isso, mas essa do gil pareceu diferente..apenas impressoes

MMI
Veterano
# jun/15
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Hammer

longe de generalizar, mas sempre pensei que o corpo oco desfavorecesse o som encorpado... tendo em vista que a std que testei senti isso, mas essa do gil pareceu diferente..apenas impressoes

Pense bem. A Gibson, que é a marca-chave quando se fala neste assunto, é líder no segmento dela, dita tendências etc. Mas a Gibson tem, digamos (nem sei), uns 30 modelos de Les Paul em produção. Se não estiver errado, começa em US$ 899 até US$ 15.000 - dei uma olhadinha por cima na Musician`s Friends, é mais ou menos isso no preço final. Ou seja, com a mais cara dá para comprar 16 das mais baratas, então a mais cara não pode nem no pior pesadelo se aproximar da mais barata. Obviamente que entra nas intermediárias, mas há a intenção que as inferiores sejam piores que as superiores gradativamente. Tudo bem, existe variação, pode acontecer de você achar uma de 1.200 melhor que outra de 1.500, mas não pode (ou não poderia) ser melhor que uma de 5.000. É óbvio, uma lógica simples, precisa ser assim para agradar e valer a pena pagar pelos produtos, mas isso é feito de várias maneiras, vários componentes, várias matérias primas. Desculpa te encher o saco com uma bobagem dessas, mas tem gente que não entende ou não quer entender.

Daí neguinho vem falar: guitarra sólida é melhor que com weight relief. Por que? O cara não fala, mas é porque comparou uma Studio de 900 com uma Reissue de 9.000. WTF??? E é para ter comparação nisso? É meio que afirmar que carro branco é pior que carro vermelho porque andou num táxi que era um Gol mil e andou numa Ferrari. Não, cara, não...

O que eu acho, depois de conversar com quem entende muito... Não tem um melhor, tem um comportamento diferente, apesar que tem gente respeitável que pende para os 2 lados. Dá mais trabalho para um luthier fazer uma escavada que uma sólida, o cara não vai perder tempo (brocas, sujeira, energia elétrica etc.) a toa.

Para você pensar... A Benedetto tem um modelo Les Paul - tinha a Benny, hoje tem a Pat Martino. Eles não tem a preocupação de uma produção em massa, em concorrer entre os modelos de LP, não tem pressa absurda, nada disso. Apenas fazem o melhor possível. Se você se dispuser a pagar os 6750 dólares dela, vai ficar numa fila para fabricar, um pouco demorada, e vai receber uma "chambered mahogany body". Simplesmente porque eles acham que é o melhor que eles podem oferecer. E olha que é uma opinião do mais alto gabarito. o.O

Tem outros que fabricam "chambered", inclusive a Gibson faz séries de reissue assim. Mas nem vou me alongar com isso, deixo aí a opinião do maior luthier vivo da atualidade para quebrar as pernas do pessoal. O Yaron, como você disse e eu nem sabia, meteu um buraco no corpo da guitarra ali e com certeza não foi por economia ou para sabotar a guitarra também. Até aqui eu queria derrubar o preconceito apenas.

Sem entrar na discussão da importância da madeira na guitarra, porque já estou metendo a mão em vespeiro nisso aqui. Mas o peso do corpo influencia no resultado final, a LP precisa pesar dentro de certos limites para ter um som característico e então a densidade daquilo que tem um volume padrão (corpo de LP) precisa se adequar. Isso dentro do padrão, corpo de mogno e tampo de maple, ok? Tem também o conforto do guitarrista, o equilíbrio de peso da guitarra, o visual (figuração), a característica sonora do pedaço de madeira. Acaba sendo uma equação complexa... Mesmo porque principalmente o mogno varia muito. Tem mogno pesadão, que se você jogar um pedaço na água vai mergulhar direto para o fundo, enquanto outros boiam solenemente.

O que o Felipe da Dunamiz (essa eu conto para a alegria de vocês!!!!) diz disso... Tem a questão de minerais e variação de uma árvore para outra, mas não é disso que me refiro, porém aqui a gente tem muito mais facilidade com mogno, que se produz muito. No tronco, que pesa toneladas, a parte de baixo fica mais comprimida, mais compacta, logo é mais densa. Nessa parte se consegue madeira mais bonita, pode figurar inclusive. Lá em cima é mais leve, só que não costuma ser figurado, é uma madeira mais "plain", bem menos densa. Tem diferença sonora, aliás tudo faz diferença. Mas se você quer um mogno bonitão, figurado, então pense num corpo escavado para o bem das suas costas. Se você não vai ficar olhando as costas da guitarra (que brasileiro não gosta de bunda? Mas vá lá...), se não ligar em ter um mogno visualmente simples, que faça uma sólida.

No fim das contas, vamos tocar que é para isso que a guitarra é feita.

Abç

Drinho
Veterano
# jun/15
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rafael_cpu

Quem faz isso é o MMI

E ele costuma ter razão.

Hammer
Veterano
# jun/15 · Editado por: Hammer
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MMI
essa questão de diferença de preço x qualidade eu nem entro em questão,
agora só achei estranho pq se tratava de uma traditional com a std que são guitarras de aparentemente mesmo preço...(não quero, nem posso generalizar) mas foi o que eu notei... e por isso fiquei intrigado com o chambered..
pelo menos nas gibson...prefiro sem o chambered rs

MMI
Veterano
# jun/15
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Hammer

Mas tem variação dentro do mesmo modelo. A Traditional na verdade tem furos, é weight relief, mas ainda assim há quem afirme (talvez até pelo preço) que a linha Traditional vem abaixo da Std. E tem a questão de gosto, talvez pelo som que você tira, pela sua pegada, naquelas 2 que você tocou, notou uma melhor que a outra. Mas não tome como verdade absoluta nem assim.

Eu (bem pessoalmente isso) se fosse sorteado e pudesse escolher entre uma R9 sólida ou uma com alívio de peso, só afirmaria algo testando. Se fosse fazer uma Dunamiz, porém, pediria uma sólida com mogno leve e que se dane a aparência de trás da guitarra.

Hammer
Veterano
# jun/15
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deixei uma pergunta neste topico [/url]aqui se puder dar uma olhada..

Filippo14
Veterano
# jun/15
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MMI
Troquei as cordas da 335, agora ela ta show de novo hhahahah


Não é propaganda nem nada, mas minha guitarra principal hoje é a DZ-335. Nao consegui gravar o som que tinham pedido para mim, mas vou acabando o EP e a mixagem, ja vou poder soltar na net umas musicas da banda, o grosso foi com a 335, todos os solos foram com ela. A guitarra é espetacular.

Aquela strato branca da Dunamiz é absurda, tentei comprar ela e o Felipe não podia vender porque era de mostruario, mas com o que o MMI disse, eu fico mais tranquilo que ele consiga fazer outras tão boas quanto.

Ele comentou comigo isso das madeiras do tronco serem mais pesadas embaixo e tal, bem interessante, realmente faz sentido, nao tem só a ver com os minerais e tal. Eles manjam demais, da para perceber isso pela conversa deles.


Abração

Drinho
Veterano
# jun/15
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a strato branca dos caras ta fazendo sucesso por ai kkkkk

MMI
Veterano
# jun/15
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Filippo14

Não é propaganda nem nada, mas minha guitarra principal hoje é a DZ-335. Nao consegui gravar o som que tinham pedido para mim, mas vou acabando o EP e a mixagem, ja vou poder soltar na net umas musicas da banda, o grosso foi com a 335, todos os solos foram com ela. A guitarra é espetacular.

Eu vi sua guitarra pronta e pude tocar uns acordes nela. É uma das melhores que já vi.

Aquela strato branca da Dunamiz é absurda, tentei comprar ela e o Felipe não podia vender porque era de mostruario, mas com o que o MMI disse, eu fico mais tranquilo que ele consiga fazer outras tão boas quanto.

Apesar de ter impressionado a todos, ela era do Edu, para mostruário de captadores. Ela foi mexida, relicada, trocou cada componente com outras Fender para ver como ficava (porque ganhava de todas, de masterbuilt e SRV até americanas e mexicanas simples). Ele acabou vendendo tamanho o assédio em cima. Porém depois de muito conversar com eles todos e debater o assunto, me convenceram que de fato aquele seria o padrão mínimo deles para uma strato. Como me falaram, aquilo seria o mais básico e simples de uma strato Dunamiz, e tem vários argumentos para essa afirmação. Eu me convenci, realmente.

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